O feriado de Columbus Day nos EUA fecha o mercado de Treasuries em Nova York nesta segunda-feira, mas as bolsas operam normalmente e estão previstas falas de dois dirigentes do Federal Reserve (Fed). A lista americana de balanços esquenta na semana com resultados de grandes bancos. O Banco Central Europeu (BCE) anuncia decisão de juros. Aqui, além do IBC-BR, os investidores acompanham hoje o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o diretor do Banco Central, Gabriel Galípolo, que deve comandar a instituição a partir de 2025, na Conferência Itaú Macro Vision. O ministro de Minas e Energia (MME), Alexandre Silveira, se reúne com a Aneel para discutir o reestabelecimento da energia em São Paulo.
Exterior
As bolsas da Ásia subiram nesta segunda-feira, após a China anunciar que há grande estímulo fiscal a caminho, sem detalhar. Pequim informou que 2,3 trilhões de yuans em títulos públicos especiais de governos locais serão emitidos no quarto trimestre e que aprovaria antecipadamente 200 bilhões de yuans em projetos do próximo ano até o final de outubro. A leitura de analistas é que as garantias dadas serão suficientes para que o país atinja sua meta oficial de um crescimento de 5% no Produto Interno Bruto (PIB) deste ano, além de assegurar um 2025 satisfatório. O Goldman Sachs elevou a previsão para PIB da China em 2024 de 4,7% para 4,9%. O petróleo recua mais de 2% por preocupações com a demanda, após dados de inflação na China abaixo das previsões dos analistas e em meio às tensões no Oriente Médio. O dólar sobe com novos pronunciamentos do Fed no radar, após o CPI de setembro dos EUA surpreender para cima.
Brasil
Com o meio feriado americano e a falta de direção única em Nova York, o Ibovespa pode ter liquidez mais contida e ficar volátil. A queda de mais de 2% do petróleo pressiona os ADRs da Petrobras, que caíam 0,27% no pré-mercado em NY por volta das 7 horas, enquanto os da Vale tinham viés de alta de 0,09% na esteira do ganho de 1,97% do minério de ferro em Dalian. As ações da Enel ficam no foco após apagão em São Paulo. O foco dos mercados continua no quadro fiscal, na inflação e em perspectivas de alta da taxa Selic e os investidores vão mirar nos sinais de Haddad e Galípolo. A queda observada no setor de serviços e no varejo em agosto, na margem, deve contribuir para a estabilidade do IBC-Br, mas analistas dizem que a perda de tração da atividade deve ser insuficiente para um alívio na política monetária do BC. Na sexta-feira, o dólar subiu a R$ 5,6151 e, na semana, 2,92%, com juros futuros em alta e bolsa em queda, após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defender aumento de gastos e a Fitch praticamente descartar melhora no rating por causa do risco fiscal do País.
*Agência Estado