Com melhorias na estabilidade operacional e na confiabilidade dos ativos, a Vale registrou no terceiro trimestre deste ano mais um período de produção vigorosa de minério de ferro, atingindo 91 milhões de toneladas, o maior patamar desde o quarto trimestre de 2018, quando registrou 101 milhões de toneladas. É bom lembrar que pouco depois, em 25 de janeiro de 2019, o desastre de Brumadinho levou a restrições em suas atividades em Minas Gerais, levando a forte retração na produção.
Base alta
Neste terceiro trimestre, a produção da Vale foi impulsionada pela melhoria nas minas S11D (PA), Itabira (MG) e Brucutu (MG). O incremento da produção veio sobre uma base já sólida do segundo trimestre. A alta foi de 13% sobre o período anterior e 5,5% ante igual intervalo de 2023. Com o acumulado do ano, está a apenas 80,6 milhões de toneladas do piso do guidance de 2024.
Pelotas
A produção de pelotas, produto de maior valor agregado que é uma importante aposta da Vale, também mostrou força no período, com incremento de 16,5% ante o trimestre anterior e 13% antes igual período do ano passado.
Estoques
O fôlego na produção não se igualou ao das vendas, resultando em formação de estoques de 5,5 milhões, que devem-se, principalmente, a cargas em trânsito ao longo da cadeia de valor, uma vez que a produção aumenta sazonalmente no terceiro trimestre.
Preços comprimidos
A mineradora informou ainda que o preço médio realizado de finos de minério de ferro diminuiu US$ 7,6 por tonelada de um trimestre para o outro, apesar de os preços de referência do minério terem diminuído US$ 12 por tonelada no período. Ou seja, mesmo com a compressão, a companhia destaca menor declínio em relação ao preço de referência.
Prêmio positivo
A Vale decidiu reduzir as vendas diretas de produtos com alto teor de sílica. A maior qualidade média do portfólio impulsionou o prêmio all-in, que saiu do campo negativo (-US$ 0,1 por tonelada) para o positivo, US$ 1,7. A contribuição negativa do prêmio do minério ficou menos acentuada, saindo de -US$ 3,26 no segundo trimestre para -US$ 1,9 no terceiro.
Houve alta também na produção de cobre e níquel. No cobre, com 85,9 mil toneladas, teve alta de 5,3% ante o mesmo período de 2023 e de 9,3% ante o trimestre anterior. No níquel, com 47,1 mil toneladas, a alta foi de 11,9% na comparação anual e de 68,8% ante o trimestre anterior.
*Com informações da Agência Estado
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