Em um dia mais negativo para ativos locais, a alta mais expressiva dos juros futuros mais longos e o recuo de ações como Vale e Petrobras ajudaram a empurrar o Ibovespa para baixo na sessão de hoje.
O índice iniciou o dia em leve alta, impulsionado por dados de atividade melhores na China, mas passou a cair e encerrou o pregão em queda de 0,22%, aos 130.499 pontos, variando entre 130.121 pontos e 131.725 pontos. No acumulado da semana, o Ibovespa avançou 0,42%.
O recuo nos contratos futuros de petróleo do tipo Brent penalizou as ações da Petrobras. Os papéis PN fecharam em queda de 0,27%, a R$ 36,83, enquanto os ON caíram 0,54%, a R$ 40,37. Ações da Vale também terminaram no campo negativo, com recuo de 0,35%, a R$ 60,55. Itaú PN e Bradesco PN foram alguns dos destaques positivos dentro de blue chips, com alta de 0,48% (R$ 35,28) e 0,79% (R$ 15,32), respectivamente.
O volume financeiro na sessão foi de R$ 15,6 bilhões na B3 e de R$ 21,0 bilhões no índice.
Dólar
O dólar à vista encerrou a sessão em um movimento que espelhou bem o comportamento do câmbio nesta semana: depreciação por conta da maior percepção de risco fiscal brasileiro e pressão vinda do exterior, seja por preços de commodities mais baixos seja pelas incertezas nos Estados Unidos.
Nas negociações desta sexta, o real permaneceu entre as divisas mais fracas do pregão, ao lado dos pares da América Latina: pesos chileno, mexicano e colombiano. O pessimismo com a região se estende não só pelas decepções com a China, mas também porque os investidores veem mais chances de o candidato republicano e ex-presidente, Donald Trump, vencer as eleições dos Estados Unidos.
Terminadas as negociações, o dólar à vista encerrou em alta de 0,68%, a R$ 5,6983, perto da máxima do dia, de R$ 5,7023, que foi alcançada minutos antes do fechamento. Na semana a moeda encerrou em alta de 1,49%. Já o euro comercial teve valorização de 1,01% na sessão, a R$ 6,1902.
Bolsas de NY
Os mercados acionários americanos encerraram o pregão desta sexta-feira em alta, em um dia no qual os setores de tecnologia e de serviços de comunicação voltaram a ganhar força e, assim, deram sustentação a uma nova rodada de recordes do Dow Jones e do S&P 500.
A temporada de balanços corporativos também seguiu no centro das atenções dos investidores e deu apoio a uma valorização de ações importantes em Wall Street, ao mesmo tempo em que uma leve queda dos rendimentos dos Treasuries de longo prazo também foi incorporada nos preços.
Em Wall Street, o índice Dow Jones fechou em alta de 0,09%, aos 43.275,91 pontos, novo recorde; e o S&P 500 também bateu nova máxima histórica, ao subir 0,40%, para 5.864,67 pontos. Já o índice eletrônico Nasdaq encerrou a sessão em alta de 0,63%, aos 18.489,55 pontos. Na semana, o Dow Jones subiu 0,96%; o S&P 500 teve alta de 0,85%; e o Nasdaq ganhou 0,80%.
A sessão foi bastante positiva para as ações da Netflix, que dispararam e fecharam em alta de 11,09%, após a empresa reportar números mais fortes que o previsto no terceiro trimestre. Foi a melhor pregão da companhia em um ano e a ação subiu para US$ 762,56, nova máxima histórica. Já os papéis a Nvidia tiveram valorização de 0,78% no dia, após analistas do Bank of America indicarem que os papéis podem subir mais 40%.
No geral, o dia foi bastante positivo para os setores do S&P 500, com destaque para o de serviços de comunicação (+0,92%) e o de tecnologia (+0,48%). Entre os 11 segmentos, apenas o de energia (-0,35%) enfrentou queda, ao ser afetado pelo recuo dos preços do petróleo no mercado internacional. Assim, a ação da Chevron terminou o dia em baixa de 0,30% e a da ExxonMobil perdeu 0,29%.
Para conhecer mais sobre finanças pessoais e investimentos, confira os conteúdos gratuitos na Plataforma de Cursos da B3. Se já é investidor e quer analisar todos os seus investimentos, gratuitamente, em um só lugar, acesse a Área do Investidor.