A inflação ao consumidor dos Estados Unidos, medida pelo PCE, é o destaque entre os indicadores norte-americanos nesta quinta-feira, em meio à temporada de balanços corporativos que trará os resultados de Amazon, Apple e Intel após o fechamento dos mercados. No cenário doméstico, a agenda é mais fraca, com destaque para os dados de desemprego da Pnad Contínua do trimestre até setembro, além dos balanços de CCR e Carrefour Brasil ao final do dia.
Exterior
A decepção com balanços das gigantes Meta e Microsoft pesa nos futuros de Nova York, enquanto na Europa a receita e Ebitda da Ab Inbev também desagradaram o investidor. Por outro lado, as ações da Shell e Société Générale avançam na Europa após os balanços. O euro ganha fôlego ante o dólar depois de indicadores da região mostrarem resiliência da economia. A taxa de desemprego da zona do euro bateu nova mínima recorde, a inflação ao consumidor do bloco acelerou a 2% em outubro, em linha com o esperado, e as vendas no varejo da Alemanha tiveram alta inesperada em setembro.
O dólar cai ante o iene após o presidente do Banco do Japão (BoJ), Kazuo Ueda, deixar a porta aberta para um possível aumento de juros em dezembro, depois de o BC ter mantido as taxas em 0,25%. Na China, o PMI industrial avançou para 50,1 em outubro, sugerindo que a manufatura voltou a se expandir pela primeira vez em sete meses.
Brasil
Com uma agenda esvaziada no Brasil, os mercados podem seguir mais atentos ao movimento externo, mas sem perder de vista as notícias fiscais. Ainda que o anúncio de cortes de gastos possa não ocorrer nesta semana, investidores buscam sinais de que as medidas serão adequadas.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, mostrou-se incomodado com a pressão por um anúncio e afirmou que há uma “forçação boba” em torno do tema. No Ibovespa, notícias corporativas devem orientar os negócios, como o balanço do Bradesco e o lote de rodovias arrematado pela CCR, que também divulgará resultados mais tarde.
*Agência Estado