quinta-feira, 10 de abril de 2025
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Copom aumenta Selic em 0,50 p.p., para 11,25% ao ano, conforme esperado pelo mercado

Nosso objetivo é incluir mais emissores e investidores no mercado de capitais, diz presidente da CVM

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O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) anunciou uma alta da Selic em 0,50 ponto porcentual nesta quarta-feira, 6. Assim, a taxa básica de juros do País vai a 11,25% ao ano. A decisão vai ao encontro das expectativas do mercado, que já previa uma aceleração no ritmo de aperto monetário.

No comunicado, os membros do colegiado deixam abertas as possibilidades para a próxima reunião, que acontece em dezembro. “O ritmo de ajustes futuros na taxa de juros e a magnitude total do ciclo de aperto monetário serão ditados pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta e dependerão da evolução da dinâmica da inflação, em especial dos componentes mais sensíveis à atividade econômica e à política monetária, das projeções de inflação, das expectativas de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos”, diz o texto.

Segundo o comunicado, “o ambiente externo permanece desafiador, em função, principalmente, da conjuntura econômica incerta nos Estados Unidos, o que suscita maiores dúvidas sobre os ritmos da desaceleração, da desinflação e, consequentemente, sobre a postura do Fed”.

A decisão foi unânime entre os nove integrantes do colegiado.

O que motivou a decisão da taxa Selic

Para o Copom, além do cenário externo desafiador, o momento doméstico ainda inspira atenção, principalmente em relação aos indicadores de atividade econômica, do mercado de trabalho, inflação e questões fiscais.

O Comitê avalia que há uma assimetria altista em seu balanço de riscos para os cenários prospectivos para a inflação. Entre os riscos de alta para o cenário inflacionário e as expectativas de inflação, destacam-se:

  • (i) uma desancoragem das expectativas de inflação por período mais prolongado; 
  • (ii) uma maior resiliência na inflação de serviços do que a projetada em função de um hiato do produto mais apertado; e 
  • (iii) uma conjunção de políticas econômicas externa e interna que tenham impacto inflacionário, por exemplo, por meio de uma taxa de câmbio persistentemente mais depreciada. 

Entre os riscos de baixa, ressaltam-se:

  • (i) uma desaceleração da atividade econômica global mais acentuada do que a projetada; e
  • (ii) os impactos do aperto monetário sobre a desinflação global se mostrarem mais fortes do que o esperado.

O comunicado ainda ressaltou que tem acompanhado com atenção como os desenvolvimentos recentes da política fiscal impactam a política monetária e os ativos financeiros. E, destacou sua que uma política fiscal crível e comprometida, contribuirá para a ancoragem das expectativas de inflação e para a redução dos prêmios de risco dos ativos financeiros, e assim, consequentemente, impactando a política monetária.

“A percepção dos agentes econômicos sobre o cenário fiscal tem afetado, de forma relevante, os preços de ativos e as expectativas dos agentes, especialmente o prêmio de risco e a taxa de câmbio”, apontou.

Repercussão do mercado

A alta de 0,50 p.p. da Selic já era amplamente esperada pelo mercado. Marcelo Bolzan, estrategista de investimentos e sócio da The Hill Capital, destacou o fato de a decisão ter sido unânime, algo que é bem-visto pelo mercado. “O comunicado foi muito parecido com o anterior, na minha opinião. O comitê sinalizou um cenário mais desafiador, tanto externo quanto interno”, comentou.

Para Raphael Vieira, co-head de Investimentos da Arton Advisors, a decisão do BC seguiu as expectativas do mercado, que já demonstrava preocupação com os rumos da política fiscal do governo. Segundo o gestor, a decisão indicou para o Executivo a necessidade de um maior comprometimento com a sustentabilidade da dívida e a importância do equilíbrio das contas públicas.

Já na análise de Nicolas Borsoi, economista-chefe da Nova Futura Investimentos, o trecho em que o Copom afirma que o ritmo e a magnitude dos ajustes futuros da taxa de juros serão ditados pelo compromisso com a convergência da inflação à meta “deixa em aberto a possibilidade de uma aceleração para 0,75 p.p. à frente, apesar não acreditarmos ser provável”. O cenário-base da casa é de mais uma elevação de 0,5 p.p. em dezembro, com a Selic chegando a 12,50% até março de 2025.

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Fonte: B3 – Bora Investir

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