Novas reuniões para debater o pacote de corte de gastos e rumores em torno do tamanho do ajuste intensificaram a volatilidade dos ativos domésticos na sessão de hoje.
O Ibovespa encerrou o dia em queda de 0,51%, aos 129.682 pontos, oscilando entre 129.406 pontos e 131.319 pontos.
Ibovespa hoje
O volume financeiro chegou a R$ 18,3 bilhões no índice e a R$ 24,9 bilhões na B3.
Os papéis da Vale passaram por forte correção, ao subir 3,48%, a R$ 63,56.
Investidores anteciparam a possibilidade de que a China anuncie amanhã medidas de estímulo econômico mais forte, após o republicano Donald Trump vencer a eleição presidencial nos Estados Unidos.
O dia também foi de alta para as ações da CSN, que subiram 3,10%, a R$ 12,29.
Gerdau PN e Metalúrgica Gerdau PN embalaram mais uma sessão de alta, ao avançar 2,71% (para R$ 20,50) e 2,38% (para R$ 11,60), nessa ordem.
Já na ponta contrária, o pregão foi negativo para a Petz, que apresentou balanço com dados de desempenho mais fracos nas lojas físicas. Os papéis da companhia recuaram 14,53%, a R$ 5,00.
Dólar hoje
O dólar à vista encerrou a sessão bem perto da estabilidade, em um dia marcado por volatilidade mais alta devido a ruídos envolvendo as medidas de corte de gastos do governo brasileiro.
A alta do dólar, observada na parte da tarde e engatilhada por notícias envolvendo as medidas, se desfez após o Ministério da Fazenda negar os rumores sobre duas possíveis opções de cortes de R$ 10 bilhões e R$ 15 bilhões.
No exterior, a moeda americana perdeu força em dinâmica de correção de excessos do último pregão.
A maioria das 33 divisas mais líquidas operava em alta contra o dólar perto do fechamento.
Terminadas as negociações do mercado spot, o dólar exibiu alta de 0,02%, cotado a R$ 5,6752, depois de ter encostado na mínima de R$ 5,6341 e tocado na máxima de R$ 5,7230.
Já o euro comercial avançou 0,43%, a R$ 6,1181.
No exterior, perto das 17h15, o índice DXY, que mede a força do dólar contra uma cesta de seis moedas de mercados desenvolvidos, recuava 0,70%, aos 104,353 pontos.
Bolsas de Nova York
As bolsas de Nova York fecharam em alta hoje impulsionados ainda pela vitória de Donald Trump e também pela redução dos juros em 0,25 ponto percentual pelo Federal Reserve (Fed), o que é positivo para os ativos de risco.
O setor de tecnologia foi destaque – alta de 1,83% – com as ações da Intel subindo 4,71%,
Meta avança 3,41% e Tesla ganhou 2,90% em dia de alta generalizada entre as ‘big techs’.
O setor imobiliário também foi destaque com alta de 1,19% diante da redução dos juros.
Do outro lado, o setor financeiro perdeu 1,62%, depois de forte alta de ontem.
JPMorgan caiu 4,34%, Morgan Stanley recuou 2,34% e Goldman Sachs teve queda de 2,32%. Wells Fargo perdeu 3,70%.
A queda das ações dos bancos fez o índice Dow Jones oscilar entre altas e baixas durante o dia e fechar o pregão estável.
No fechamento, o índice Dow Jones ficou estável em 43.729,34, S&P 500 subiu 0,74% a 5.973,10 e o Nasdaq teve alta de 1,51% a 19.269,46.
Já o índice Russell 2000 – que mede o desempenho das ‘small caps’ – fechou em queda de 0,4%, depois de ter alta expressiva ontem
Bolsas da Europa
Os principais índices acionários europeus encerraram o dia em alta, em sua maioria, com os investidores à espera da decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed), após o Banco da Inglaterra (BoE) realizar seu segundo corte de juros no ano.
O índice Stoxx 600 fechou em alta de 0,71%, a 510,36 pontos.
O DAX de Frankfurt avançou 1,70% a 19.362,52 pontos.
O FTSE, da bolsa de Londres, caiu 0,32%, para 8.140,74 pontos.
Já o CAC 40, de Paris, subiu 0,76%, para 7.425,60 pontos.
O BoE votou por maioria para cortar a taxa de juros em 0,25 ponto percentual, para 4,75%, e revisou para cima suas projeções de inflação com base na expansão fiscal anunciada no orçamento do governo, dizem os economistas do Goldman Sachs James Moberly e Sven Jari Stehn.
Os investidores também continuam avaliando a vitória de Donald Trump nas eleições americanas.
Na Alemanha, as ações tiveram forte alta mesmo em meio ao colapso da coalizão do governo alemão, devido à grande exposição da Bolsa de Frankfurt aos mercados internacionais, apontam economistas.
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