O mercado local volta do feriado sob expectativa pelo anúncio do corte de gastos. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que tem reunião hoje com o presidente Lula às 15 horas para tratar do pacote de medidas. Os dados de arrecadação federal de outubro também são aguardados bem como a reunião do conselho de administração da Petrobras para analisar o Plano Estratégico 2025-2029. Ainda serão publicados nos EUA as vendas de imóveis usados, os pedidos de auxílio-desemprego e três dirigentes do Federal Reserve discursam.
Exterior
A aversão ao risco pressiona as bolsas internacionais, os juros dos Treasuries e dos bônus europeus, enquanto o ouro e os preços do petróleo sobem com a escalada da guerra entre Rússia e Ucrânia. A Força Aérea ucraniana diz ter sido alvo de míssil balístico intercontinental disparado pela Rússia. Ontem, os EUA deram aval para que a Ucrânia use minas terrestres antipessoal, dias depois de ter permitido o emprego de mísseis de longo alcance.
O Nasdaq futuro cai mais, refletindo as perdas superiores a 3% da Nvidia no pré-mercado, após balanço da gigante de chips. Esse quadro deixa em segundo plano o aumento na precificação por manutenção dos juros do Fed em dezembro, após declarações de dirigentes do Fed. A diretora da autoridade monetária Michelle Bowman alertou para uma estagnação no progresso na inflação, enquanto Lisa Cook admitiu que o núcleo de inflação segue elevado. Já a presidente do Fed de Boston, Susan Collins, disse ainda esperar um relaxamento adicional.
Brasil
A liquidez pode ser contida ainda pela expectativa do pacote de corte de gastos e o ambiente externo negativo é mau presságio para os ativos locais. O ETF brasileiro EWZ caía 0,37% no pré-mercado em NY às 6h40. O ADR da Vale perdia 0,20%, apesar da alta de 0,39% do minério de ferro na China, enquanto o da Petrobras cedia 0,49% ante queda de mais de 1% dos preços do petróleo.
O anúncio de corte de gastos é esperado entre hoje e amanhã, mas há possibilidade de que fique para a semana que vem, o que pode pesar negativamente em dólar e juros futuros. A reunião de Haddad e o presidente Lula fica no foco. A área técnica do Ministério da Defesa fechou acordo com a equipe econômica para cortar gastos na previdência dos militares. O presidente da B3, Gilson Finkelsztain, prevê que se o governo anunciar um pacote robusto, de R$ 60 bilhões ou mais, o mercado poderia melhorar bastante, pois está preparado para algo perto dos R$ 40 bilhões.
*Agência Estado
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