O IGP-10 (Índice Geral de Preços) e o IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central) de outubro são os principais indicadores desta sexta-feira. A saúde do presidente Lula e as articulações políticas para votação das medidas fiscais, LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) e LOA (Lei Orçamentária Anual) antes do recesso parlamentar concentram as atenções. Nos EUA só há previsão do relatório de poços de petróleo em operação no país.
Exterior
As bolsas da Europa sobem, com Frankfurt renovando recorde histórico após o BCE (Banco Central Europeu) cortar juros e sugerir novas reduções. A libra e os juros dos títulos públicos britânicos, os Gilts, caem devido à contração inesperada na produção industrial e no PIB do Reino Unido, o que pode levar a cortes de juros pelo Banco da Inglaterra na próxima semana.
O iene é afetado por rumores de que o Banco do Japão manterá os juros em 19 de dezembro. Na China, o rendimento dos títulos de 30 anos caiu abaixo de 2%, refletindo expectativas de política monetária mais frouxa, mas as bolsas caíram 2% com a falta de detalhes sobre os estímulos econômicos.
Em Nova York, os índices futuros sobem, os juros dos Treasuries estão divergentes e o dólar estende ganhos, após o susto com a inflação no atacado dos EUA ontem. Analistas esperam um corte de 25 pontos-base de juros pelo Federal Reserve (o banco central norte-americano) na próxima semana, mas com possíveis pausas nas reduções em 2025.
Brasil
A cautela com as mudanças no pacote de corte de gastos no Congresso deve continuar pesando nos ativos financeiros em meio a repercussões do IBC-BR, que deve desacelerar, e o dado de inflação. O desempenho da bolsa pode ser contido, mas investidores analisam notícias corporativas, como da Cemig. O EWZ, principal fundo de índice do Brasil, tinha ligeira alta de 0,04% no pré-mercado em NY às 7 horas. A curva de juros e o dólar podem ter oscilações mais contidas com foco no noticiário fiscal. Segundo analistas, as alterações nas medidas propostas pelo governo no Congresso reduzem sua eficácia, o prazo para votação é apertado e, mesmo com aprovação, o governo precisará de novas medidas para cumprir as metas do arcabouço fiscal. Eles afirmam que as contas públicas fragilizadas não permitem que os prêmios de risco cedam, o que levou também o Copom (Comitê de Política Monetária do BC) a contratar mais duas altas de 1 pp da Selic no início do próximo ano.
*Agência Estado
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