quarta-feira, 18 de dezembro de 2024
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Ibovespa cai 1,13% e perde os 125 mil pontos; mesmo após leilão do BC, dólar sobe 0,43% e fecha a R$ 6,03

No último pregão de outubro, Ibovespa cai 0,71% e fecha mês com perda de 1,59%; dólar sobe 0,31% e tem alta mensal de 6,14%

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Nem mesmo um leilão extraordinário de dólares feito pelo Banco Central na sessão de hoje conseguiu reverter a tendência mais negativa dos ativos domésticos, inclusive do Ibovespa.

O índice encerrou o dia com queda de 1,13%, aos 124.612 pontos, bem perto da mínima de 124.578 pontos, e distante da máxima de 126.290 pontos.

Ibovespa hoje

A última vez que o Ibovespa caiu para abaixo dos 125 mil pontos tinha sido em 28 de novembro, um dia após a apresentação do pacote de corte de gastos, quando chegou aos 124.610 pontos.

Na semana, o Ibovespa recuou 1,06%, menos do que a queda de 2,68% registrada na semana de apresentação do pacote de corte de gastos.

O volume financeiro no índice foi de R$ 17,1 bilhões e de R$ 22,7 bilhões na B3.

Das 86 ações do Ibovespa, 59 fecharam o dia em queda. Papéis de blue chips também não escaparam.

Na contramão da alta do petróleo, as ações PN da Petrobras recuaram 0,63%, enquanto as ON caíram 0,48%.

Já entre os bancos, a maior contração foi registrada pelas units do BTG Pactual, que recuaram 1,85%.

O prêmio de risco continuou a aumentar na sessão de hoje, à medida em que investidores acompanham com temor a dificuldade de negociação para a votação dos projetos de lei do pacote fiscal na Câmara, ao mesmo tempo que o mercado monitora a saúde do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Dólar hoje

Em um novo pregão marcado pela volatilidade, o câmbio doméstico até esboçou alguma valorização nos momentos iniciais da sessão.

Mas a piora na percepção de risco voltou a incomodar os ativos domésticos, o que incluiu o real.

O dólar voltou a subir e, assim, se manteve acima do nível psicologicamente importante de R$ 6, mesmo após um leilão extraordinário efetuado pelo Banco Central, com a venda de US$ 845 milhões no mercado à vista.

O câmbio terminou próximo do zero a zero no acumulado da semana, mas continuou sob pressão e próximo das mínimas históricas.

No fim da sessão no mercado à vista, o dólar era negociado a R$ 6,0347, em alta de 0,43%, após ter subido a R$ 6,0770 na máxima do dia.

Na mínima, registrada nos momentos iniciais do pregão, o dólar chegou a cair a R$ 5,9725.

O alívio visto no mercado de câmbio nas sessões de terça e de quarta-feira, assim, foi quase totalmente apagado, apesar de uma postura bem mais dura adotada pelo Banco Central.

Na semana, o dólar comercial acumulou queda de 0,60%.

A piora na percepção de risco, ao mesmo tempo em que o mercado continuou a monitorar a saúde do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), limitou a valorização do real.

O que impediu o dólar de operar abaixo da marca de R$ 6 de forma sustentada, mesmo com uma elevação expressiva já contratada na Selic e uma intervenção no mercado à vista.

Bolsas de Nova York

Os mercados acionários americanos encerraram o pregão desta sexta-feira sem sinal único e bastante próximos da estabilidade, em uma sessão sem grandes movimentações e novidades no campo dos indicadores econômicos.

Na semana, os principais índices das bolsas de Nova York tiveram perdas, com exceção do Nasdaq, que se saiu bem ao ter apoio das ações de tecnologia.

O que levou o índice a superar pela primeira vez a barreira dos 20 mil pontos nos últimos dias, embora não tenha tido fôlego para se manter de forma sustentada acima desse nível.

No encerramento dos negócios, o índice Dow Jones fechou em queda de 0,20%, aos 43.828,06 pontos, após recuar 1,82% na semana; o S&P 500 fechou estável, aos 6.501,09 pontos e teve baixa de 0,64% na semana; e o índice Nasdaq teve alta de 0,12% na sessão e de 0,34% na semana, encerrando negociado a 19.926,72 pontos.

O mercado espera, agora, a decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed) e há uma expectativa relevante em torno de uma redução de 0,25 ponto percentual nos juros americanos na próxima semana.

Apesar disso, há no mercado a sensação de que o banco central dos Estados Unidos pode começar a “pular” as reuniões e fazer cortes mais espaçados nas taxas de juros a partir do próximo ano, a depender da evolução dos dados de inflação e do mercado de trabalho.

Bolsas da Europa

Os principais índices acionários europeus encerraram o último pregão da semana em queda, revertendo os ganhos do início do pregão após dados econômicos fracos da zona do euro e do Reino Unido.

O índice Stoxx 600 fechou em queda de 0,58%, a 516,19 pontos.

O DAX de Frankfurt caiu 0,10% a 20.405,92 pontos.

O FTSE, da bolsa de Londres, recuou de 0,14%, para 8.300,33 pontos.

Já o CAC 40, de Paris, caiu 0,15%, para 7.409,57 pontos.

No acumulado da semana, o DAX avançou 0,10%, o FTSE recou 0,10% e o CAC 40 teve queda de 0,23%.

A produção industrial na zona do euro estagnou em outubro, indicando que seu setor industrial continua fraco e enfrentando desafios.

Ontem, o Banco Central Europeu (BCE) cortou juros como esperado e sinalizou que novos cortes estão por vir.

A presidente do BCE, Christine Lagarde, adotou um tom “dovish”, propenso ao afrouxamento monetário, na coletiva de imprensa, informa o Berenberg, em relatório.

“Nossos economistas esperam agora três cortes de 0,25 ponto percentual em 2025 em vez de dois”.

Por fim, no Reino Unido, o Produto Interno Bruto (PIB) recuou 0,1% em outubro ante setembro, no segundo mês de contração, com incertezas antes do orçamento britânico levando à contenção de gastos de famílias.

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Fonte: B3 – Bora Investir

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