A nova carteira do Índice Carbono Eficiente da B3 (ICO2 B3), que entra em vigor hoje e vale até abril deste ano, reflete importantes avanços trazidos pela revisão da metodologia de cálculo, anunciada em junho de 2024.
A nova composição do indicador, que passa a valer hoje, está disponível aqui.
Verifica-se, por exemplo, que 100% das empresas do portfólio atual adotam pelo menos uma das três práticas consideradas na categoria de governança corporativa – supervisão das questões climáticas por parte do Conselho de Administração, metas ligadas ao tema como parte da remuneração variável de executivos e reporte de resultados via CDP ou outra plataforma alinhada a diretrizes internacionais.
Outro recorte mostra que 97% dos Conselhos de Administração das 61 companhias que integram o ICO2 B3 atualmente supervisionam questões climáticas e 80% incluem metas ligadas ao tema em suas políticas de remuneração variável.
Em relação às estratégias adotadas para gestão de riscos e oportunidades climáticas, 92% das empresas realizaram estudos nesse sentido, sendo que 89% estabeleceram metas de redução de emissões ou descarbonização.
Como resultado, o volume total de gases de efeito estufa (GEE) emitido pelas empresas que compõem o portfólio atual é 88% menor quando comparado com carteiras de anos anteriores.
Outros aspectos observados são que 72% das companhias quantificam os impactos financeiros das mudanças climáticas, 97% possuem um inventário verificado por uma terceira parte e 77% fazem uso da estratégia de compra de créditos de carbono para compensar suas emissões.
“Esses dados mostram um alto nível de comprometimento das lideranças e de transparência nos reportes das empresas que integram o indicador”, ressalta Janaina Vilella, diretora de Comunicação e Sustentabilidade da B3.
ICO2 B3
Criado em 2010, o ICO2 B3 busca incentivar as companhias listadas a adotarem práticas que melhorem a eficiência na gestão das emissões de GEE.
Anteriormente, eram convidadas a participar as empresas que integravam o IBrX 100 (que reúne o número correspondente de ativos mais negociados), desde que informassem dados de emissões de GEEs. Pela nova metodologia, o universo de companhias elegíveis tem como base as que fazem parte do Índice Brasil Amplo (IBrA B3) – composto por ações e units listadas na bolsa que atendam a critérios mínimos de liquidez e presença em pregão.
A nova metodologia do ICO2 B3 inclui critérios como: estar entre as 75% empresas do setor correspondente que menos emitem GEEs proporcionalmente à receita e apresentar dez práticas essenciais para o cálculo do Score de gestão de GEEs (SGEE), com mínimo de quatro para entrar na carteira.
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