quarta-feira, 22 de janeiro de 2025
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Embalado pela Vale, Ibovespa fecha em alta de 0,25%; dólar cai 0,85% e vai a R$ 6,04

No último pregão de outubro, Ibovespa cai 0,71% e fecha mês com perda de 1,59%; dólar sobe 0,31% e tem alta mensal de 6,14%

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O Ibovespa encontrou dificuldade para se firmar em território positivo ao longo do pregão, mas conseguiu terminar o dia com alta moderada de 0,25%, aos 119.299 pontos.

A sessão foi bastante volátil, com o índice oscilando entre os 118.223 pontos e os 119.451 pontos.

Ibovespa hoje

Nem mesmo o forte recuo dos juros futuros e a alta das ações da Vale foram capazes de incrementar os ganhos do principal índice da bolsa local.

O volume financeiro no índice foi de R$ 15,0 bilhões, um pouco acima dos R$ 14,0 milhões do giro médio diário registrado nos primeiros oito pregões de janeiro, segundo dados do Valor Data.

Já o volume financeiro na B3 foi de R$ 19,1 bilhões.

Sem grandes mudanças nos fundamentos locais, agentes financeiros têm mantido uma alocação mais “leve” em bolsa diante da manutenção das preocupações fiscais.

A apuração da agência de notícias “Bloomberg” de que Donald Trump poderá adotar certo gradualismo na imposição de novas medidas tarifárias e dados de inflação americana mais fracos ajudaram a aliviar os juros futuros e o dólar à vista na sessão, que fecharam em queda.

Os papéis da Vale, por sua vez, encerraram em alta de 0,66%, impulsionados pela terceira sessão seguida de alta nos preços do minério de ferro.

Já as ações da Petrobras apresentaram movimento misto: as ON avançaram 0,42%, enquanto as PN recuaram 0,67%.

Já a liderança entre as maiores altas do Ibovespa ficou para as ações da Petz, que subiram 4,88%, na terceira sessão seguida de avanço.

Dólar hoje

O dólar à vista encerrou a sessão desta terça-feira em queda firme, em um pregão marcado pelo enfraquecimento global da moeda americana.

Isso diante de notícias sobre medidas tarifárias não tão agressivas do novo governo de Donald Trump e também em meio a dados de inflação mais fracos nos Estados Unidos.

O real se destacou entre os pares e apresentou o segundo melhor desempenho frente ao dólar, da relação das 33 moedas mais líquidas, atrás apenas do shekel israelense.

O que pode explicar essa performance superior da moeda brasileira é um possível retorno de capitais ao país, depois de uma saída forte no fim do ano passado, além de um suporte vindo da melhora do preço do minério de ferro.

Encerradas as negociações, o dólar à vista fechou em queda de 0,85%, cotado a R$ 6,0458, depois de bater a mínima de R$ 6,0406 e encostar na máxima de R$ 6,0923.

Já o euro comercial exibiu leve valorização de 0,04%, cotado a R$ 6,2265.

No exterior, o índice DXY, que mede a força do dólar contra uma cesta de seis moedas de mercados desenvolvidos, exibia desvalorização de 0,66%, aos 109,225 pontos.

Bolsas de Nova York

Os principais índices de ações de Nova York encerraram o pregão desta terça-feira em direções opostas, após oscilarem entre leves altas e baixas durante a sessão.

No fechamento de hoje, o índice Dow Jones subiu 0,52%, aos 42.518,28 pontos, o S&P 500 teve alta de 0,11%, aos 5.842,91 pontos, e o Nasdaq recuou 0,11%, aos 19.044,393 pontos.

Mais cedo, a divulgação do índice de preços ao produtor (PPI) dos Estados Unidos referente a dezembro, que veio mais fraco que o esperado, deu impulso às bolsas americanas, mas isso não se sustentou ao longo do pregão.

Os componentes do PPI que são usados para a elaboração do deflator dos gastos com consumo (PCE), métrica de inflação preferida do Federal Reserve (Fed), na verdade, vieram mais fortes que o esperado, o que impediu um alívio mais pronunciado dos ativos de risco.

Agora, o foco principal dos investidores que estão preocupados com a inflação americana é o índice de preços ao consumidor (CPI), que sai amanhã.

Além disso, o mercado começa a se posicionar para a temporada de balanços referentes ao quarto trimestre de 2024.

Em relatório enviado a clientes, os estrategistas do Goldman Sachs dizem que estarão atento a três temas principais: perspectivas para o crescimento da receita; como as empresas estão se preparando para possíveis mudanças nas políticas econômicas nos EUA; e a sustentabilidade do crescimento dos lucros das big techs.

Amanhã, J.P. Morgan, Citigroup, Goldman Sachs, BlackRock e Wells Fargo estão entre as instituições financeiras que divulgam seus resultados.

Hoje, inclusive, o setor financeiro do S&P 500 foi destaque, ao subir 1,28%. Enquanto as ações do Citi subiram 1,00%; as do Goldman avançaram 1,52%.

Bolsas da Europa

As bolsas da Europa fecharam em direções opostas, com o índice FTSE, de Londres, terminando a sessão no negativo, enquanto o CAC 40, de Paris, e o DAX, de Frankfurt, subiram.

Os índices iniciaram o dia em alta, após notícia da agência “Bloomberg” de que as tarifas comerciais a serem propostas pelo presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, seriam implementadas gradualmente durante seu mandato.

No entanto, as bolsas europeias não conseguiram sustentar o fôlego visto mais cedo e se afastaram das máximas.

Entre os destaques na sessão, o setor de automóveis e autopeças teve valorização firme no dia, com alta de 1,12%, ao ser apoiado pela possibilidade de uma política comercial menos agressiva por parte dos EUA.

No fechamento, o índice pan-europeu Stoxx 600 caiu 0,08%, aos 508,28 pontos.

O FTSE, de Londres, recuou 0,28%, aos 8.201,54 pontos, e o DAX, de Frankfurt, subiu 0,69%, aos 20.271,33 pontos.

Já o índice CAC 40, de Paris, teve alta de 0,20%, aos 7.423,67 pontos.

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Fonte: B3 – Bora Investir

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