Assim como aconteceu ontem, a agenda econômica não reserva nada de importante para esta quarta-feira (22). Assim, é possível que o Ibovespa siga trajetória de altas sucessivas experimentadas desde a sexta-feira anterior. Após a queda da quinta-feira passada de 1,15%, o Ibovespa cravou elevações de 0,92%, 0,41% e 0,39%. Com isso, a bolsa de valores chegou a 123,3 mil pontos. É a primeira vez que isso ocorre no ano e indica um movimento de alta, dado que no começo do ano essa mesma bolsa de valores girava em torno de 120 mil pontos.
A possibilidade do Ibovespa abandonar a tendência baixista havia sido antecipada mais cedo pela análise gráfica presente em relatório divulgado pelo Itaú BBA e assinado por Fábio Perina e equipe. O especialista escreveu que caso o Ibovespa ultrapassasse os 123 mil pontos, o que de fato aconteceu, vai encontrar próximo alvo em 125,4 mil pontos.
Morning call: mercado não vive em redoma de vidro
A notícia é boa, mas a bolsa e o mercado não vivem numa redoma de vidro, como se estivessem isolados do mundo e do Brasil. E o cenário que se avizinha pode trazer tempestades. A primeira delas trata das já aguardadas – cada vez com mais ansiedades – taxas que podem emanar da Casa Branca sob o domínio de Donald Trump. A política protecionista do republicano pode afetar países emergentes como o Brasil.
No cenário interno a preocupação segue sendo o medo de ocorra por aqui a dominância fiscal, que é quando o Banco Central perde a capacidade de controlar a inflação por meio da elevação de juros. O temor foi manifestado pelo Itaú em relatório também da terça-feira. E já se sabe de antemão que o Banco Central pretende aumentar a taxa de juros na próxima reunião do Copom em mais 100 pontos-base (1 ponto percentual).
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