Questionamentos em torno da dominância das gigantes de infraestrutura de inteligência artificial (IA) americanas alimentaram a aversão a risco nos mercados internacionais na sessão desta segunda-feira. Em um movimento contrário ao visto lá fora, o Ibovespa conseguiu engatar uma alta firme de 1,97%, aos 124.862 pontos, na máxima do dia. Na mínima intradiária, o índice chegou a tocar os 122.207 pontos.
A reavaliação global do mercado de tecnologia teve como origem a notícia de que a startup chinesa DeepSeek lançou um modelo de tecnologia avançado de IA por um custo bem mais baixo.
Ibovespa
Segundo especialistas ouvidos pelo Valor, um movimento pontual de rotação para mercados emergentes, aliado a uma pressão menor sobre o dólar e sobre a curva de juros local, teriam impulsionado o desempenho do Ibovespa na sessão.
Ações domésticas foram alguns dos destaques de alta, caso de Magazine Luiza, que avançou 10,05%, assim como Assaí (+7,64%) e Vamos (+7,24%). Papéis da Vale também apresentaram alta firme, de 1,75%, enquanto as PN da Petrobras tiveram ganhos de 1,47%.
Na ponta contrária, as ações da WEG foram duramente penalizadas, com uma queda de 7,88%.
O volume financeiro no índice foi um pouco maior nesta segunda-feira, de R$ 17,1 bilhões, e de R$ 22,8 bilhões na B3.
Já em NY, o pregão foi majoritariamente negativo: o Nasdaq recuou 3,07%; o S&P 500 caiu 1,46%; e o Dow Jones teve alta de 0,65%.
Dólar
O dólar à vista exibiu leve depreciação no pregão desta segunda-feira, encerrando bem perto da estabilidade. A dinâmica se deu mesmo com as moedas da América Latina desvalorizando com consistência, diante das ameaças de tarifas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, à Colômbia. O real também passou intacto à aversão a risco causada pelo anúncio da inteligência artificial chinesa DeepSeek.
Diante disso, a moeda americana caiu pela sexta vez seguida no mercado brasileiro. O motivo para o bom desempenho do real pode ter sido o desmonte de posições contrárias a moeda brasileira, segundo avaliam operadores.
Encerradas as negociações, o dólar à vista caiu 0,10%, cotado a R$ 5,9122, depois de bater a mínima de R$ 5,8997 e encostar na máxima de R$ 5,9558. Já o euro comercial exibiu desvalorização de 0,11%, a R$ 6,2028.
Perto das 17h10, o índice DXY, que mede a força do dólar contra uma cesta de seis moedas de mercados desenvolvidos, recuava 0,07%, aos 107,365 pontos. O dólar, porém, avançava 2,20% ante o peso mexicano, 0,58% ante o peso chileno e 0,48% ante o peso colombiano.
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