Um conjunto de notícias negativas com possíveis efeitos sobre o fiscal local e a política tarifária dos EUA fez o Ibovespa tombar na sessão de hoje, em um dia de reação mais negativa a balanços divulgados por bancos. O índice fechou em queda de 1,27%, aos 124.619 pontos, perto da mínima de 124.320 pontos, e distante da máxima intradiária, de 126.524 pontos. Na semana, o índice caiu 1,20%.
Depois de iniciar o dia perto da estabilidade, o índice sofreu três baques na sequência, que fizeram o Ibovespa incrementar a queda. O primeiro foi a divulgação de um “payroll” com dados mais fortes, seguido pela informação de que o presidente americano, Donald Trump, poderá adotar novas medidas tarifárias. Em seguida, a declaração do ministro do Desenvolvimento, Wellington Dias, de que o Bolsa Família poderá ter um reajuste devido aos preços mais altos dos alimentos reforçou os temores com pressões fiscais e intensificou as perdas.
Desempenho do Ibovespa
O recuo mais forte em ações de blue chips também pesou contra. O destaque ficou para as ações PN do Bradesco, que caíram 3,93%, enquanto as ON recuaram 3,12%. O balanço divulgado pelo banco veio em linha com as estimativas, mas analistas afirmaram que os dados mostraram que a recuperação deve ser mais lenta em 2025. O volume negociado em papéis ordinários e preferenciais da instituição foi o mais alto da sessão no valor de R$ 1,7 bilhão.
Na contramão da alta dos preços do minério de ferro e do petróleo, as ações da Vale e da Petrobras também caíram. Os papéis da mineradora tiveram perdas de 0,54%, enquanto as PN da petroleira cederam 0,57%. O volume financeiro do índice na sessão foi de R$ 16,0 bilhões e de R$ 21,0 bilhões na B3.
Já em NY, as bolsas recuaram: o Nasdaq caiu 1,36%, o Dow Jones teve queda de 0,99%; e o S&P 500 cedeu 0,95%.
Dólar
O dólar à vista encerrou o pregão desta sexta-feira em alta, em dia marcado pela valorização global do dólar devido a notícias sobre novas medidas tarifárias do presidente dos EUA, Donald Trump. O real não chegou a ser muito impactado com a informação, mas a declaração do ministro do Desenvolvimento, Wellington Dias, de que o Bolsa Família teria um ajuste devido aos preços mais altos dos alimentos acabou intensificando a desvalorização da moeda brasileira.
Após integrantes do alto escalão da equipe econômica do governo desmentirem a declaração, o dólar perdeu fôlego, mas encerrou ainda assim valorizado, com o real entre os dez piores desempenhos da sessão, da relação das 33 moedas mais líquidas.
Encerradas as negociações, o dólar à vista registrou alta de 0,51%, cotado a R$ 5,7930, depois de ter tocado a mínima de R$ 5,7349 e batido na máxima de R$ 5,8080. Na semana, no entanto, o dólar recuou 0,76%.
Já o euro encerrou estável, a R$ 5,9853, ainda que na semana tenha recuado 1,16% frente ao real. Perto das 17h15, o índice DXY, que mede a força do dólar contra uma cesta de seis moedas de mercados desenvolvidos, avançava 0,31%, aos 108,023 pontos.
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