domingo, 27 de abril de 2025
Search

Percentual de famílias com dívidas em atraso cai em fevereiro, diz CNC

Nosso objetivo é incluir mais emissores e investidores no mercado de capitais, diz presidente da CVM

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O percentual de famílias em inadimplência recuou pelo terceiro mês seguido em fevereiro, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada nesta segunda-feira (10) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Mesmo assim, o estudo indica que o endividamento voltou a crescer após duas quedas consecutivas, o que pode indicar que as famílias estão optando por fazer uma nova dívida, com condições e prazos mais vantajosos, a fim de pagar as antigas.

As famílias consideradas endividadas são as que têm contas a pagar no cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal, cheque pré-datado e prestações de carro e casa, por exemplo. Em fevereiro, esse percentual chegou a 76,4%, 0,3 ponto percentual (p.p.) acima do registrado em janeiro e 1,5 p.p. abaixo do verificado em fevereiro do ano passado (77,9%).

Já a inadimplência, que considera as dívidas em atraso, teve um recuo de 0,5 ponto percentual, chegando a 28,6%. O percentual de famílias que não terão condições de pagar as dívidas em atraso também permanece com tendência de queda, indo para 12,3%.

Para o presidente do Sistema CNC, Sesc-Senac, José Roberto Tadros, “a taxa média de juros cobrada aos consumidores apresentou recuo. E isso pode estar fazendo com que as famílias se preocupem mais com os juros pagos pelas contas atrasadas. Desse modo, passam a considerar vantajoso a troca de crédito”.

A pesquisa mostra também que, além de os consumidores terem menos contas atrasadas, o percentual de famílias com dívidas em atraso por mais de 90 dias vem recuando há quatro meses, chegando a 48,2% do total de endividados, o menor indicador desde julho de 2024. Outro dado positivo é que o percentual dos consumidores que têm mais da metade dos rendimentos comprometidos com dívidas também apresentou redução, atingindo 20,5%, o menor percentual desde novembro de 2024.

Endividamento alto

A Peic indicou também o terceiro aumento seguido do percentual de pessoas que se consideram “muito endividadas”, chegando a 16,1%, o maior nível desde setembro de 2024. A porcentagem daquelas que dizem que “não têm dívidas desse tipo” caiu para 23,5%, o que acende um sinal de alerta para a melhora do perfil de endividamento.

Essa é uma percepção individual das famílias captada pela pesquisa sobre o que consideram muito ou pouco em termos de endividamento. Ou seja, é um indicador subjetivo e não caracteriza propriamente um superendividamento, mas sim a visão de cada brasileiro sobre o assunto.

“As nossas projeções mostram que o endividamento deve continuar aumentando ao longo deste ano, com as famílias sentindo mais confiança em utilizar o crédito para o consumo e a quitação de dívidas antigas, apesar dos juros. Além disso, a inadimplência deve continuar arrefecendo ao longo de 2025”, avalia Felipe Tavares, economista-chefe da CNC.

*Agência Brasil

Para conhecer mais sobre finanças pessoais e investimentos, confira os conteúdos gratuitos na Plataforma de Cursos da B3. Se já é investidor e quer analisar todos os seus investimentos, gratuitamente, em um só lugar, acesse a Área do Investidor.



Fonte: B3 – Bora Investir

Gostou? Compartilhe com um Amigo!

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE

Siga nossas Redes Sociais

Google_News_icon
Google News

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Quem viu esse, também viu estes

Entidades do setor produtivo divergem sobre corte na taxa de juros

Entidades do setor produtivo divergem sobre corte na taxa de juros

Mulheres e pessoas negras ainda são minoria na alta liderança das empresas listadas na bolsa brasileira

Mulheres e pessoas negras ainda são minoria na alta liderança das empresas listadas na bolsa brasileira

Comissão do Senado aprova novos diretores do Banco Central

Comissão do Senado aprova novos diretores do Banco Central

Alta do petróleo puxa Petrobras, que leva Ibovespa a subir 0,30%; dólar fica estável, cotado a R$ 5,58

Alta do petróleo puxa Petrobras, que leva Ibovespa a subir 0,30%; dólar fica estável, cotado a R$ 5,58

Associações defendem taxação de pequenas compras internacionais

Associações defendem taxação de pequenas compras internacionais

Números da Petrobras foram “dentro do esperado”, diz Chambriard

Números da Petrobras foram “dentro do esperado”, diz Chambriard

0,25 ou 0,50? Expectativa para decisão do Copom divide economistas

0,25 ou 0,50? Expectativa para decisão do Copom divide economistas

Endividamento das famílias fica estável em junho, diz CNC

Endividamento das famílias fica estável em junho, diz CNC

BNDES e FIDA destinam R$ 1,8 bi para famílias do semiárido nordestino

BNDES e FIDA destinam R$ 1,8 bi para famílias do semiárido nordestino

Pré-sal da Petrobras tem recorde de processamento de gás natural

Pré-sal da Petrobras tem recorde de processamento de gás natural

Contribuinte pode fazer defesa oral em processos na Receita Federal

Contribuinte pode fazer defesa oral em processos na Receita Federal

Ibovespa cai 4,5% no 1º trimestre após perdas em março; dólar sobe 3% no ano

Ibovespa cai 4,5% no 1º trimestre após perdas em março; dólar sobe 3% no ano

Índice que mede inflação oficial tem deflação em agosto

Índice que mede inflação oficial tem deflação em agosto

mercado reduz estimativa para inflação em 2025 após 20 elevações

mercado reduz estimativa para inflação em 2025 após 20 elevações

Porque se Preparar para Aposentadoria?

Porque se Preparar para Aposentadoria?

Guardar dinheiro para aposentadoria é uma das coisas mais importantes que uma pessoa pode fazer em sua vida. Infelizmente...

Brasil estima déficit de R$ 20 bi com insumos farmacêuticos importados

Brasil estima déficit de R$ 20 bi com insumos farmacêuticos importados