A economia chinesa começou o ano com um início relativamente sólido, impulsionada pelo estímulo de Pequim. Mas isso pode dar pouco consolo aos formuladores de políticas, à medida que a guerra comercial com os EUA se aprofunda. Dados oficiais divulgados nesta quarta-feira mostraram que o produto interno bruto (PIB) da China expandiu 5,4% em relação ao ano anterior durante o trimestre de janeiro a março. Isso correspondeu ao crescimento de 5,4% do trimestre anterior e superou o aumento de 5,2% previsto por uma pesquisa do “Wall Street Journal” com economistas.
Outros indicadores econômicos mensais sinalizaram algumas melhorias na segunda maior economia do mundo, com o consumo e a produção industrial se recuperando acima das expectativas do mercado.
As vendas no varejo — um indicador de consumo — aumentaram 5,9% no ano em março, de acordo com o Departamento Nacional de Estatísticas. Isso se compara ao crescimento de 4,0% registrado em janeiro-fevereiro e ao aumento de 4,4% esperado pelos economistas. A China combina alguns dados dos dois primeiros meses do ano para suavizar distorções do calendário do Ano Novo Lunar.
O investimento em ativos fixos da China aumentou 4,2% no ano no primeiro trimestre, em comparação com o aumento de 4,1% observado em janeiro-fevereiro e a previsão fornecida pelos economistas pesquisados.
Enquanto isso, a produção industrial aumentou 7,7% no ano no mês passado, em comparação com o aumento de 5,9% observado nos dois primeiros meses do ano e as previsões dos economistas para um crescimento de 5,7%.
A taxa de desemprego urbana pesquisada na China ficou em 5,2% em março, abaixo dos 5,4% em fevereiro.
Guerra comercial preocupa
Muitos economistas esperavam que as políticas fiscais proativas de Pequim tivessem ajudado a impulsionar o crescimento no primeiro trimestre, também vendo apoio vindo da demanda antecipada antes do aumento das tarifas do presidente Trump sobre a China no início de abril.
À medida que as tarifas dos EUA começam a afetar as exportações chinesas, os economistas esperam que Pequim distribua estímulos agressivos para sustentar o crescimento.
Com o afrouxamento monetário limitado por preocupações com a estabilidade da moeda e as margens de lucro estreitas dos bancos, os analistas dizem que Pequim pode muito bem aumentar os empréstimos do governo no final deste ano.
Com informações do Valor Econômico
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