O mercado brasileiro volta do feriadão nesta terça-feira (22) reagindo aos ataques do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra o presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell. Na segunda-feira, Trump reiterou a fritura de Powell e disse que a economia pode desacelerar sem corte de juros.

Temores sobre a independência do Fed e até uma eventual demissão do chefe da autoridade monetária americana no radar dos agentes derrubaram as bolsas em Nova York. O índice Dow Jones caiu 2,4%, enquanto o S&P 500 cedeu 2,3%. O pior desempenho foi do Nasdaq, que desvalorizou 2,5%.

Os recibos de ações (ADRs) da Petrobras negociados em Wall Street fecharam a segunda em queda de 0,8%. Os ADRs da Vale ficaram estáveis. Já os papéis do Itaú subiram 0,6%. O EWZ, ETF que replica o desempenho das ações brasileiras, ficou no zero a zero na sessão.

Diante das novas incertezas, o dólar teve queda firme no exterior, atingindo o menor nível desde julho de 2023. O índice DXY, que mede o desempenho da moeda americana frente a uma cesta de outras seis divisas fortes, recuou 1%, a 98,37 pontos.

Boletim Focus e falas de Galípolo

No último pregão antes do feriadão, na quinta-feira (17), o Ibovespa avançou 1,04%, aos 129.650 pontos. O dólar comercial registrou queda de 1,03%, cotado a R$ 5,8042.

A semana no mercado local também marca o começo da temporada de balanços do 1º trimestre de 2025. A Vale (VALE3) é o principal destaque da agenda de resultados.

Nesta terça, os agentes ainda repercutem os novos números do Boletim Focus e falas do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, que participa de audiência da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e pode dar pistas sobre a próxima alta da Selic.

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