sábado, 12 de abril de 2025
Search

Mercado reduz previsão da inflação de 4,59% para 4,55% este ano

 Copom decide nesta quarta corte dos juros básicos da economia

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE


A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – considerado a inflação oficial do país – caiu de 4,59% para 4,55% neste ano. A estimativa está no Boletim Focus desta segunda-feira (20), pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC) com a expectativa de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos.

Para 2024, a projeção da inflação ficou em 3,91%. Para 2025 e 2026, as previsões são de 3,5% para os dois anos.

A estimativa para 2023 está acima do centro da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é de 3,25% para 2023, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,75% e o superior 4,75%. 

Segundo o BC, no último Relatório de Inflação, a chance de o índice oficial superar o teto da meta em 2023 é 67%. A projeção do mercado para a inflação de 2024 também está acima do centro da meta prevista, fixada em 3%, mas ainda situa-se dentro do intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual.

Em outubro, o aumento de preços das passagens aéreas pressionou o resultado da inflação. O IPCA ficou em 0,24%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O percentual foi abaixo da taxa de setembro, que teve alta de 0,26%. 

A inflação acumulada este ano atingiu 3,75%. Nos últimos 12 meses, o índice está em 4,82%. 

Juros básicos

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros – a Selic – definida em 12,25% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Após sucessivas quedas no fim do primeiro semestre, a inflação voltou a subir na segunda metade do ano, mas essa alta era esperada por economistas. 

O comportamento dos preços já fez o BC cortar os juros pela terceira vez no semestre, em um ciclo que deve seguir com cortes de 0,5 ponto percentual nas próximas reuniões. Ainda assim, em comunicado divulgado na semana passada, o Copom indicou que poderá mudar o tempo do período de cortes, caso as condições tornem mais difícil reduzir juros.

De março de 2021 a agosto de 2022, o Copom elevou a Selic por 12 vezes consecutivas, num ciclo de aperto monetário que começou em meio à alta dos preços de alimentos, energia e combustíveis. Por um ano, de agosto do ano passado a agosto deste ano, a taxa foi mantida em 13,75% ao ano por sete vezes seguidas. 

Antes do início do ciclo de alta, a Selic tinha sido reduzida para 2% ao ano, no nível mais baixo da série histórica iniciada em 1986. Por causa da contração econômica gerada pela pandemia de covid-19, o Banco Central tinha derrubado a taxa para estimular a produção e o consumo. A taxa ficou no menor patamar da história de agosto de 2020 a março de 2021. 

Para o mercado financeiro, a Selic deve encerrar 2023 em 11,75% ao ano. Para o fim de 2024, a estimativa é de que a taxa básica caia para 9,25% ao ano. Para o fim de 2025 e de 2026, a previsão é de Selic em 8,75% ao ano e 8,5% ao ano, respectivamente. 

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas. Desse modo, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia.

Quando o Copom diminui a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica. 

PIB e câmbio

A projeção das instituições financeiras para o crescimento da economia brasileira neste ano caiu de 2,89% para 2,85%. 

Para 2024, a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – é de crescimento de 1,5%. Para 2025 e 2026, o mercado financeiro projeta expansão do PIB em 1,93% e 2%, respectivamente. 

A previsão para a cotação do dólar está em R$ 5 para o fim deste ano. Para o fim de 2024, a previsão é que a moeda americana fique em R$ 5,05.



Fonte: Agência Brasil

Gostou? Compartilhe com um Amigo!

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE

Siga nossas Redes Sociais

Google_News_icon
Google News

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Quem viu esse, também viu estes

investidores devem repercutir dados do IPCA

investidores devem repercutir dados do IPCA

Vieira assume Caixa com promessa de induzir crescimento econômico

Vieira assume Caixa com promessa de induzir crescimento econômico

Retrospectiva 2023: 12 fatos e frases que resumem o ano na economia e no mercado

Retrospectiva 2023: 12 fatos e frases que resumem o ano na economia e no mercado

Anfavea registra melhor média de vendas diárias do ano

Anfavea registra melhor média de vendas diárias do ano

Veja regras e prazos para declarar o Imposto de Renda 2024

Veja regras e prazos para declarar o Imposto de Renda 2024

Ibovespa cai 0,55% e recua pela 5ª sessão consecutiva; dólar, quase na estabilidade, fecha a R$ 5,69

Ibovespa cai 0,55% e recua pela 5ª sessão consecutiva; dólar, quase na estabilidade, fecha a R$ 5,69

Mercado eleva previsão da inflação de 3,96% para 3,98% em 2024

Mercado eleva previsão da inflação de 3,96% para 3,98% em 2024

Haddad proporá a Lula mudanças no formato de pisos de Saúde e Educação

Haddad proporá a Lula mudanças no formato de pisos de Saúde e Educação

Preço da gasolina diminui e do diesel aumenta para distribuidoras 

Preço da gasolina diminui e do diesel aumenta para distribuidoras 

Haddad diz que STF agirá se desoneração da folha não for coberta

Haddad diz que STF agirá se desoneração da folha não for coberta

Receita recebe 1,15 milhão declarações do IR no primeiro dia

Receita recebe 1,15 milhão declarações do IR no primeiro dia

Em dia de recuperação global, Ibovespa fecha em alta de 0,8%; dólar cai quase 1,50% e vai a R$ 5,65

Em dia de recuperação global, Ibovespa fecha em alta de 0,8%; dólar cai quase 1,50% e vai a R$ 5,65

B3 lança índice de debêntures incentivadas com remuneração por IPCA

B3 lança índice de debêntures incentivadas com remuneração por IPCA

em dia de agenda fraca, Focus é principal dado a ser analisado por investidores

em dia de agenda fraca, Focus é principal dado a ser analisado por investidores

Nova presidente da Petrobras defende políticas de preços em vigor

Nova presidente da Petrobras defende políticas de preços em vigor

Haddad apresentará no Oriente Médio Plano de Transformação Ecológica

Haddad apresentará no Oriente Médio Plano de Transformação Ecológica