O Produto Interno Bruto (PIB) da China cresceu 5,2% no ano passado, de acordo com dados do Escritório Nacional de Estatísticas do país (NBS, na sigla em inglês). No quarto trimestre, a variação também foi de 5,2%, na comparação com igual período do ano passado.
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O resultado trimestral representa uma aceleração em relação ao terceiro trimestre de 2023, quando o PIB avançou 4,9%, na mesma base de comparação. Na comparação com o trimestre anterior, a alta foi de 1%.
Para o Commerzbank, apesar de o PIB chinês ter superado a meta, de “cerca de 5%”, isso aconteceu por uma fraca base de comparação em 2022, quando a expansão foi de apenas 3%. Em nota aos clientes, o banco ressalta que dados subjacentes sugerem que os desafios econômicos da China continuam significativos, principalmente a crise no setor imobiliário, o endividamento de incorporadoras e de governos locais e a fraca confiança do setor privado.
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O Nordea também alertou para a fraca confiança do setor privado. Segundo o banco sueco, o crescimento do país asiático em 2024 dependerá de estímulos econômicos. A nota enviada aos clientes aponta que a perspectiva da China em 2024 é “muito desafiadora”, visto que é improvável que a confiança possa se recuperar rapidamente.
“Os líderes têm tentado persuadir o público sobre um futuro melhor, mas os indicadores que ainda estão disponíveis não sugerem que as pessoas tenham acreditado nessa mensagem”, diz o Nordea.
Mercado imobiliário chinês ainda preocupa
As vendas de moradias na China, em valor, sofreram queda de 6% no ano passado, na comparação com 2022, de acordo com o NBS. O resultado indica piora no mercado imobiliário chinês em relação ao recuo anual de 4,3% observado entre janeiro e novembro.
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As construções iniciadas – considerando-se tanto residências quanto propriedades comerciais – registraram um tombo anual de 20,4% em 2023, uma leve melhora ante um declínio de 21,2% no acumulado até novembro.
Os investimentos no desenvolvimento de projetos imobiliários, por sua vez, tiveram contração anual de 9,6% em 12 meses, um pouco maior do que a redução de 9,4% verificada entre janeiro e novembro.
Produção industrial avança mais que o esperado; varejo decepciona
A produção industrial da China cresceu 6,8% em dezembro ante igual mês do ano passado. O resultado superou a expectativa de analistas e foi levemente melhor do que a alta registrada no mês anterior, de 6,6%.
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Já as vendas no varejo chinês avançaram 7,4% na comparação anual de dezembro, frustrando a expectativa de alta de 7,7%. O resultado do último mês do ano representa uma desaceleração ante novembro, quando houve expansão de 10,1%.
*Com Agência Estado