É esperada para hoje uma reunião entre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente da Câmara, Arthur Lira, para tratar sobre a reoneração da folha. Na agenda externa, as atenções ficam na presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, no Fórum Econômico Mundial em Davos, e no presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, que participa de dois eventos. O BCE divulga a ata da mais recente decisão monetária e nos Estados Unidos serão divulgados os pedidos de auxílio-desemprego e permissão para novas obras.
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Exterior espera sinais sobre ciclo de queda de juros nos EUA e zona do euro
O fôlego é curto nas bolsas europeias, com investidores à espera de mais sinais sobre o rumo dos juros na zona do euro, que podem vir na ata do BCE referente à ultima reunião, quando a autoridade monetária deixou suas principais taxas de juros inalteradas pela segunda vez consecutiva.
Lagarde também fica no radar. Ontem ela disse que o primeiro corte de juros provavelmente virá durante o verão europeu, mas ressaltou que ainda não é possível declarar vitória na batalha contra a inflação.
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Nos EUA, a 13 dias da reunião do Comitê de Mercado Aberto (Fomc) do Fed, o mercado segue ajustando as apostas para início de afrouxamento monetário, esperado para março, com as apostas de corte de 25 pontos-base em 59,5% às 7h20, segundo o CME Group. Os futuros de Nova York estavam há pouco perto da estabilidade e os retornos dos Treasuries recuavam.
Por aqui, discussões sobre reoneração seguem no radar
A falta de tração nas bolsas internacionais tende a contaminar o humor no Ibovespa, enquanto o dólar mais fraco ante outras moedas emergentes pode ser favorável ao real e o recuo dos retornos dos Treasuries tende a ajudar no alívio na curva de juros, mas com oscilações mais moderadas. O EWZ, principal fundo de índice (ETF, na sigla em inglês) brasileiro negociado em NY, subia 0,03% no pré-mercado às 7h25.
Na agenda local, o principal é a reunião entre Haddad e Lira sobre a MP da reoneração da folha de pagamentos. Em Brasília, a temperatura indica que o chefe da pasta terá de ceder sobre a MP, mesmo que parcialmente. Alongar o tempo de transição para acabar a desoneração nos moldes atuais é uma das opções. O presidente Lula pediu ontem a Haddad que tente encontrar uma solução política para o impasse entre governo e Congresso.
O Tribunal de Contas da União (TCU) endossou os alertas sobre a possibilidade de o orçamento de 2024 conter receita “superestimada”, o que colocaria em risco a meta de déficit zero. Para a área técnica do TCU, há chances de o Executivo registrar um déficit de até R$ 55,3 bilhões neste ano, o que acarretaria descumprimento da meta fiscal.
*Agência Estado