A agenda desta quarta-feira é esvaziada no Brasil e traz, nos Estados Unidos, a divulgação das prévias dos índices de gerentes de compras (PMIs), além dos balanços da Tesla, IBM e AT&T, após o fechamento dos mercados. Os investidores devem ficar em compasso de espera pela agenda forte de amanhã, com a primeira leitura do Produto Interno Bruto (PIB) do quarto trimestre dos EUA e o índice de preços dos gastos com consumo pessoal, além da decisão sobre juros do Banco Central Europeu (BCE).
Tanto as bolsas europeias como os futuros de Nova York operam no azul nesta manhã, em meio a balanços e dados de atividade. No pré-mercado em NY, a ação da Netflix disparava mais de 10% há pouco, ajudando o Nasdaq futuro, após a plataforma de streaming americana agradar com números de novos usuários em balanço divulgado no fim da tarde de ontem.
A libra ampliou ganhos frente ao dólar após a divulgação de PMIs do Reino Unido que superaram as expectativas, enquanto o euro passou a subir mais após PMIs mistos da zona do euro, com avanço na indústria e queda em serviços. Mais cedo, o euro tinha reduzido alta com os PMIs mistos da Alemanha, com avanço na indústria e queda em serviços.
Na Ásia, a bolsa de Hong Kong liderou ganhos, com avanço de 3,56% depois de o Banco do Povo da China (PBoC) anunciar um corte de 50 pontos-base do compulsório bancário, válido a partir de 5 de fevereiro. O ajuste irá injetar cerca de 1 trilhão de yuans (US$ 141 bilhões) na economia.
No Brasil, alta das commodities pode dar sustentação ao Ibovespa
Os ativos locais devem se guiar pelo humor externo em dia de agenda fraca no Brasil. O corte de compulsórios na China, avanço das commodities e alta das bolsas internacionais tendem a impulsionar o Ibovespa nesta quarta-feira. O EWZ, principal fundo de índice (ETF, na sigla em inglês) brasileiro negociado em NY, subia 1,28% no pré-mercado às 7h25. Os ADRs da Vale subiam 2% e os da Petrobras, 0,45% em meio ao avanço do petróleo e após o minério de ferro ter fechado em alta de 1,77%, em Dalian, na China.
O recuo dos rendimentos dos Treasuries e dólar mais fraco ante várias emergentes podem beneficiar os juros futuros e o real. E o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, teve uma reunião ontem com líderes da Câmara dos Deputados para discutir a medida provisória (MP) da reoneração da folha de pagamentos. Os principais pontos de pressão no Parlamento são a reoneração da folha, a contribuição previdenciária dos municípios e a extinção gradual do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse).
*Agência Estado