O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, disse nesta terça, 6/2, que a autoridade monetária trabalha com o objetivo de terminar o ciclo de corte de juros com a Selic no menor nível possível. Ele frisou, porém, que a redução dos juros vai até um ponto que não comprometa a meta maior do BC de estabilizar a inflação.
Durante o CEO Conference, evento do BTG Pactual, Campos Neto afirmou que o BC quer encerrar o ciclo com os juros em patamar que seja o “mais indutor possível”, desde que não se perca de vista o controle da inflação. “Esta é nossa tarefa”, frisou o presidente do BC.
Ele assinalou que a intenção do BC é buscar a estabilização de preços de modo menos doloroso para a sociedade. Ao lembrar da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de iniciar o último ciclo de aumento de juros antes de outros países, Campos Neto considerou que foi um acerto a avaliação, na época, de que o choque inflacionário global não era temporário. “Acho que isso se mostrou correto.”
Conforme o presidente do BC, o Brasil tem feito um esforço monetário maior do que as economias avançadas, porém mais baixo se comparado a pares do mundo emergente.
Ao falar sobre o crescimento econômico, acima da previsões já há três anos, Campos Neto voltou a atribuir as surpresas na atividade a efeitos positivos de reformas estruturais. “Difícil dizer que é somente efeito de transferências maiores. É por efeito disso também, mas temos que olhar mais a fundo, há vários componentes”, declarou.
*Informações da Agência Estado