quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Search

Alckmin diz que setor automotivo investirá R$ 100 bilhões até 2029

Alckmin diz que setor automotivo investirá R$ 100 bilhões até 2029

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE


O setor automotivo brasileiro deverá receber cerca de R$ 100 bilhões em investimentos nos próximos anos. O número, apresentado por representantes da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) ao vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, foi divulgado nesta quarta-feira (7) pelo ministro em entrevista ao programa Bom Dia, Ministro, veiculado pelo Canal Gov, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

Alckmin se reuniu na terça-feira (6) com o presidente da Anfavea, Márcio de Lima. Durante o encontro, o dirigente disse que o total a ser investido na indústria automotiva brasileira será maior do que os R$ 41,2 bilhões anunciados na semana anterior.

“Na reunião que tive com representantes da Anfavea, foi anunciada a expectativa de um total de R$ 100 bilhões nos próximos anos, provavelmente até 2028 ou 2029. Tanto em veículos leves como pesados, como ônibus e caminhões. Tanto em motores à combustão como etanol, total flex, híbridos e elétricos”, disse Alckmin.

Segundo Alckmin, “será um investimento recorde”, que resultará na construção de, pelo menos, quatro fábricas.

“Já temos fábrica de ônibus elétrico. Teremos também duas fábricas de carros elétricos. São duas montadoras. A BYD [empresa chinesa que assumiu o complexo industrial que pertenceu à Ford] em Camaçari [BA]; e a GWM [Great Wall Motors, também chinesa], em São Paulo. Mas outras virão”, acrescentou.

O ministro lembrou que o setor automotivo tem, entre suas vantagens, a de estimular uma cadeia longa de produtos que favorecem desde as indústrias do aço e de vidro, até de pneus e autopeças, “gerando muito emprego e agregando muito valor”.

“Isso será facilitado pela retomada da economia”, disse o ministro ao destacar que esses investimentos são estimulados por iniciativas como a do Programa Nacional de Mobilidade Verde e Inovação (Mover), que ampliou as exigências de sustentabilidade para a frota automotiva nacional, de forma a viabilizar a descarbonização dos veículos por meio de incentivos fiscais.

“Duas boas notícias vão aumentar a venda da indústria automotiva. A primeira é a queda da Selic [taxa básica de juros], que deve se manter. A outra é o Marco de Garantia, aprovado pelo Congresso Nacional. Ou seja, se [uma empresa] vende um carro e a pessoa não paga, agora com o Marco de Garantia pode-se pegar o carro de volta”, argumentou Alckmin.

Reoneração gradual

Na entrevista, Alckmin reiterou as justificativas do governo para a reoneração gradual da folha de pagamento de 17 setores da economia. Segundo ele, a preocupação do governo é com a responsabilidade fiscal, visando a meta de déficit primário zero. 

“Há um tripé importante para economia: juros, câmbio e imposto. A reforma tributária trouxe eficiência econômica para o país. O câmbio, a R$ 5, está bom para a exportação. Precisamos ainda baixar os juros, que já estão caindo 0,5 ponto percentual ao mês”, disse.

“A preocupação do [ministro da Fazenda, Fernando] Haddad, de não fazer déficit, está, portanto, correta. Eram 17 setores, mas incluíram os municípios. Então dobrou o custo de R$ 9 bilhões para R$ 18 bilhões. É uma questão de constitucionalidade. Para abrir mão de R$ 9 bilhões, tem de informar o que será cortado ou que imposto será aumentado. A preocupação é fiscal e jurídica”, argumentou.

O ministro disse acreditar que tudo se resolverá com diálogo, e que as negociações voltarão após o carnaval. “Nossa expectativa é de diálogo, e nisso o presidente Lula é mestre”, acrescentou ao sair da entrevista.



Fonte: Agência Brasil

Gostou? Compartilhe com um Amigo!

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE

Siga nossas Redes Sociais

Google News

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Quem viu esse, também viu estes

Haddad diz que proposta para desoneração vai na linha da pacificação

Haddad diz que proposta para desoneração vai na linha da pacificação

Participação dos salários no PIB brasileiro caiu 12% em cinco anos

Participação dos salários no PIB brasileiro caiu 12% em cinco anos

Morre economista Maria da Conceição Tavares, aos 94 anos

Morre economista Maria da Conceição Tavares, aos 94 anos

Estudo mostra impactos positivos de programa do BNDES em municípios

Estudo mostra impactos positivos de programa do BNDES em municípios

Caixa conclui pagamento do novo Bolsa Família de outubro

Caixa conclui pagamento do novo Bolsa Família de outubro

Governo não tem “plano B” para MP do PIS/Cofins, diz Haddad

Governo não tem “plano B” para MP do PIS/Cofins, diz Haddad

Balanços positivos e bom humor externo levam Ibovespa a alta de 0,90%; dólar cai 0,90% e vai a R$ 5,57

Balanços positivos e bom humor externo levam Ibovespa a alta de 0,90%; dólar cai 0,90% e vai a R$ 5,57

Consulta ao valor do PIS/Pasep de 2024 é liberada

Consulta ao valor do PIS/Pasep de 2024 é liberada

Vendas da indústria de máquinas têm queda de 16,5% em setembro

Vendas da indústria de máquinas têm queda de 16,5% em setembro

Mercados financeiros hoje: inflação ao produtor nos EUA e dados do varejo no Brasil são destaque

Mercados financeiros hoje: inflação ao produtor nos EUA e dados do varejo no Brasil são destaque

Ibovespa fecha sessão em queda com PETR4 e varejistas e desce 3% na semana; dólar sobe

Ibovespa fecha sessão em queda com PETR4 e varejistas e desce 3% na semana; dólar sobe

Quanto renderia o prêmio de Rebeca Andrade na renda fixa?

Quanto renderia o prêmio de Rebeca Andrade na renda fixa?

PIB dos EUA cresce mais do que o esperado no 2º trimestre

PIB dos EUA cresce mais do que o esperado no 2º trimestre

Endividamento aumenta entre as famílias em março

Endividamento aumenta entre as famílias em março

Dieese: preço da cesta básica diminuiu em 15 capitais em 12 meses

Dieese: preço da cesta básica diminuiu em 15 capitais em 12 meses

Governo oficializa congelamento de R$ 15 bilhões no Orçamento

Governo oficializa congelamento de R$ 15 bilhões no Orçamento