Sem indicadores na agenda local e americana hoje, as atenções ficam em dados europeus e, nas próximas horas, em discursos de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Banco Central Europeu (BCE) e Banco da Inglaterra (BoE).
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou ao Cairo, no Egito, onde tem compromissos nesta quarta e quinta-feira e, depois, viajará para Adis Abeba, capital da Etiópia, para participar como convidado da 37ª Cúpula de Chefes de Estado e Governo da União Africana.
Na China, o feriado do Ano Novo Lunar deixa o mercado financeiro fechado até sexta-feira.
EUA, Europa e Heineken
Um apetite leve por ativos de risco predomina nos mercados nesta manhã, com dólar em baixa e valorização dos índices futuros em Nova York, em meio a expectativas por discursos de dirigentes do Fed. A reação do mercado também acontece após a deterioração dos ativos americanos ontem reagindo à inflação ao consumidor nos EUA em janeiro mais forte que o esperado, principalmente no setor de serviços.
Na Europa, os investidores repercutem indicadores e balanço divulgados nesta manhã, enquanto esperam novos sinais de política monetária. O economista-chefe do Banco Central Europeu (BCE), Philip Lane, disse ontem que ainda precisa de mais tempo para definir se a inflação vai voltar à meta de 2% antes de começar a flexibilização monetária no bloco.
Entre as bolsas, a de Londres avança mais, enquanto os rendimentos dos títulos do governo britânico (Gilts) operam em queda, reagindo à alta anual de 4,0% da inflação ao consumidor (CPI) do Reino Unido em janeiro abaixo do esperado. Paris e Frankfurt se beneficiam também da inesperada alta de 2,6% da produção industrial em dezembro na zona do euro, onde o PIB ficou estável no 4º trimestre, confirmando a previsão dos analistas.
Nesta quarta-feira, a cervejaria holandesa Heineken divulgou lucro anual menor do que o esperado e o ABN Amro teve lucro líquido de 545 milhões de euros no quarto trimestre de 2023, melhor que o ganho de 354 milhões de euros apurado em igual período de 2022.
O petróleo exibia ligeira alta, depois de avançar ontem com o relatório mensal da Opep, que trouxe previsão de alta na demanda global pelo óleo em 2024, em 2,2 milhões de barris por dia (bpd), mas corte na previsão de alta na oferta para 1,2 milhões de bpd. O diretor executivo da Agência Internacional de Energia (AIE), Faith Birol, projetou, no entanto, que a oferta de petróleo em 2024 será “mais do que suficiente para atender a demanda”, que deve oscilar entre 1,2 a 1,34 milhão de bpd ao longo deste ano.
No Brasil
Os investidores devem avaliar o potencial impacto da continuidade da manutenção de juros pelo Fed por mais tempo que o esperado em meio à perspectiva de novos cortes da taxa Selic no diferencial de juros interno e externo e para a atratividade do real.
Sem balanços e indicadores na agenda e nem sessão no Congresso nesta semana, a tendência é de os negócios serem guiados pela reação externa aos sinais de política monetária e aos indicadores e balanços previstos.
*Com informações da Agência Estado