A bolsa de valores hoje fechou em queda. O Ibovespa perdeu o patamar simbólico de 130 mil pontos ao terminar o pregão desta quinta-feira (29) em 129.020,02 pontos, após queda de 0,87%. No mês de fevereiro, o IBOV avançou 0,99%. Porém, no ano, o desempenho é negativo: -3,85%.
No pregão do dia, os bancos ajudaram a puxar o principal índice da bolsa para baixo. Itaú (ITUB4) perdeu 2,47%, Santander (SANB11) desceu 1,38%, Bradesco (BBDC4) caiu 1,65%, Banco do Brasil (BBAS3) teve queda de 1,33%.
Dólar hoje
O dólar, por sua vez, fechou em alta discreta, de 0,05%, cotado a R$ 4,9725. No mês, o dólar avança perto de 0,40% e, no ano, sobe 2,48%.
Nesse sentido, o dólar subiu no cenário externo, com o DXY avançando 0,17%, a 104,15 pontos.
Índice | Variação do dia | Variação do mês |
---|---|---|
IBOV | -0,87% | +0,99% |
IDIV | -0,41% | +0,91% |
IFIX | +0,50% | +0,79% |
BDRX | +0,90% | +6,30% |
Ações em alta
Veja os papéis da bolsa com as maiores altas do dia.
- Dasa (DASA3) +9,24%
- Neogrid (NGRD3) +7,34%
- Plano e Plano (PLPL3) +7,20%
- Mitre (MTRE3) +4,39%
- C&A (CEAB3) +4,23%
Ações em baixa
- Pão de Açúcar (PCAR3) -7,94%
- Ambev (ABEV3) -6,47%
- IMC (MEAL3) -6,14%
- Intelbras (INTB3) -4,85%
- Kepler Weber (KEPL3) -4,82%
Confira também as ações que tiveram as maiores perdas.
Bolsas mundiais: Nova York
As bolsas de Nova York fecharam em alta, com o Nasdaq marcando o maior patamar de fechamento desde 2021, diante do frenesi das ações ligadas à inteligência artificial.
O clima veio depois que os dados de inflação nos Estados Unidos confirmaram as expectativas. Os indicadores mantiveram a perspectiva de que o Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos EUA) deve começar a reduzir os juros no país, provavelmente em junho, um cenário já incorporado aos preços dos ativos.
O pregão foi pontuado ainda por indicadores mistos sobre o ritmo da economia americana, enquanto falas de membros do Fed continuaram reforçando a narrativa de prudência.
O Dow Jones Industrial Average subiu 0,12%, a 38.996,39, após três sessões em queda. O S&P 500 e o Nasdaq também avançaram. O S&P 500 teve ganho de 0,52%, aos 5.096,27 pontos e o Nasdaq marcou +0,90%, fechando aos 16.091,92 pontos.
Os índices acumularam ganhos no mês de fevereiro: o Dow Jones teve alta de 2,22%, o S&P 500 de 5,17% e o Nasdaq, de 6,12%.
Europa
As bolsas europeias fecharam com direções distintas após dados de inflação nos EUA confirmarem a expectativa dos analistas e reforçarem a aposta de que um alívio monetário no país deve começar em junho.
A Bolsa de Frankfurt teve ganhos mais fortes ante os demais mercados na região, depois da desaceleração mais acentuada dos preços ao consumidor na Alemanha. Os investidores reagiram ainda a balanços fracos de algumas grandes empresas da região, como AB InBev e Air France-KLM.
O índice pan-europeu Stoxx 600 ficou estável, a 494,60 pontos. Em Londres, o FTSE 100 ganhou 0,07%, aos 7.630,02 pontos. Em Frankfurt, o índice DAX avançou 0,44%, aos 17.678,19 pontos. O CAC-40, referencial da Bolsa de Paris, teve variação de -0,34%, para encerrar aos 7.927,43 pontos, na mínima do dia. Em Madri, o Ibex 35 fechou em baixa de 0,56%, a 10.012,70 pontos.
Entre os outros índices referenciais da região, o FTSE MIB, de Milão, caiu 0,11%, a 32.580,94 pontos; em Lisboa, o PSI 20 teve baixa de 0,56%, aos 6.157,96 pontos.
Ibovespa ‘derrapou na primeira curva’
Assim, observando o mercado, a análise gráfica do Itaú BBA assinada por Fábio Perina e equipe considerou que o Ibovespa “derrapou na primeira curva”. No fechamento de ontem, a bolsa de valores desvalorizou 1,16%.
“Depois de conseguir superar o patamar dos 130.600 pontos, o Ibovespa voltou a cair e não deu continuidade de subida”, descreve o relatório. “Nem tudo está perdido, mas o índice derrapou logo na primeira curva e perde um pouco o momento de subida”, continua.
Para Perina e equipe do Itaú BBA, a bolsa precisa renovar sua máxima semanal para abrir caminho em direção aos 132 mil pontos.
PCE movimento juros futuros
A curva de juros mostrou abertura na manhã desta quinta-feira (29) alinhada aos juros dos Treasuries longos, que sobem antes da divulgação do índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, a medida favorita de preços do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA).
O movimento esteve em sintonia ainda com a alta do dólar ante o real.
Bolsa de valores hoje: dados sobre emprego
Então, enquanto a bolsa busca recuperação, o dia é repleto de agendas econômicas. Uma delas já foi divulgada. A taxa de emprego ficou estável em 7,6% em janeiro, segundo dados divulgados pelo IBGE. O rendimento médio real habitual dos trabalhadores chegou a R$ 3.078 no trimestre móvel encerrado no primeiro mês do ano – alta de 1,6% no trimestre e de 3,8% no ano.
Assim, o mercado também opera hoje em compasso de espera pelos resultados do PIB do Brasil, que serão divulgados amanhã pela manhã.
Dessa maneira, os números mostram o desempenho da economia no quarto trimestre de 2023 e durante todo o ano passado. A expectativa é grande.
O mercado se divide a respeito das estimativas do PIB, conforme apontou levantamento feito pela Inteligência Financeira com 13 instituições distintas.