sábado, 23 de novembro de 2024
Search

Fazenda reduz previsão oficial de inflação para 3,5% em 2024

Fazenda reduz previsão oficial de inflação para 3,5% em 2024

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda reduziu de 3,55% para 3,5% a projeção de inflação oficial em 2024. A estimativa para o crescimento da economia foi mantida em 2,2%. As previsões estão no Boletim Macrofiscal, divulgado nesta quinta-feira (21).

A projeção de inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) está dentro da meta de inflação  para o ano, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) em 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior, 4,5%. Para 2025, a estimativa avançou de 3% para 3,1%.

Segundo a SPE, o impacto do fenômeno El Niño sobre a inflação de alimentos, no etanol e nas tarifas de energia elétrica foi menos intenso do que o inicialmente esperado. Além disso, reajustes recentes de preços monitorados ficaram abaixo da expectativa, com destaque para licenciamento e emplacamento de veículos e tarifas de energia.

Os serviços, cuja inflação está desacelerando, também contribuíram para a revisão para baixo da estimativa. Outro fator que contribui para segurar a inflação é a economia internacional. De acordo com a SPE, os preços de bens industriais ainda se beneficiam com o excesso de capacidade ociosa na China.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), usado para estabelecer o valor do salário mínimo e corrigir aposentadorias, deverá encerrar este ano com variação de 3,25%, no mesmo nível do boletim anterior, divulgado em novembro do ano passado. A projeção para o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), que inclui o setor atacadista, o custo da construção civil e o consumidor final, caiu de 4% para 3,5% este ano.

PIB

Quanto ao Produto Interno Bruto (PIB), a manutenção da estimativa de alta de 2,2% em 2024 decorre do fato de a SPE esperar um crescimento mais equilibrado neste ano, baseado no avanço de setores cíclicos e na expansão da absorção doméstica (consumo e importação do país). A SPE, no entanto, destaca que a projeção foi fechada em 13 de março, antes da divulgação de dados recentes que apontaram crescimento acima do previsto no comércio e nos serviços.

Apesar de a projeção para o crescimento ter permanecido estável, houve revisão nas estimativas de PIB por setor produtivo. Para a agropecuária, a estimativa passou de previsão de crescimento de 0,5%, divulgada no boletim de novembro, para queda de 1,3%, refletindo principalmente a redução nos prognósticos para a safra em 2024. Em contrapartida, a projeção de crescimento dos serviços para 2024 aumentou de 2,2% para 2,4%.

Para a indústria, a previsão passou de alta de 2,4% para 2,5%. De acordo com a SPE, o setor deverá ser impulsionado pela recuperação da produção manufatureira e da construção, com reflexo nos investimentos. A partir de 2025, a SPE espera-se crescimento em torno de 2,5%.

A pasta também atribui projeções menos otimistas para o setor de serviços no restante do ano. Para 2024, a estimativa de crescimento econômico caiu de 2,3% para 2,2%.

Os números do Boletim Macrofiscal são usados no Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas, que será divulgado nesta sexta-feira (22). Publicado a cada dois meses, o relatório traz previsões para a execução do Orçamento com base no desempenho das receitas e da previsão de gastos do governo, com o PIB e a inflação entrando em alguns cálculos.

Com base no cumprimento da meta de déficit primário e do limite de gastos do novo arcabouço fiscal, o governo bloqueia alguns gastos não obrigatórios.

*Agência Brasil



Fonte: B3 – Bora Investir

Gostou? Compartilhe com um Amigo!

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE

Siga nossas Redes Sociais

Google News

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Quem viu esse, também viu estes

PMIs e balanços guiam exterior; Brasil repercute Copom

PMIs e balanços guiam exterior; Brasil repercute Copom

Ibovespa fecha em alta de 1,23% e dólar cai para R$ 5,25

Ibovespa fecha em alta de 1,23% e dólar cai para R$ 5,25

Cesta de famílias com renda mais baixa tem deflação em julho 

Cesta de famílias com renda mais baixa tem deflação em julho 

Como o aumento de juros no Japão afetou as operações de carry trade e derrubou as bolsas globais?

Como o aumento de juros no Japão afetou as operações de carry trade e derrubou as bolsas globais?

Dólar sobe para R$ 5,28 em meio à queda das commodities

Dólar sobe para R$ 5,28 em meio à queda das commodities

Gol entra com pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos

Gol entra com pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos

Taxa de desemprego recua em 7 estados no terceiro trimestre, diz IBGE

Taxa de desemprego recua em 7 estados no terceiro trimestre, diz IBGE

Entenda as novas regras da declaração do Imposto de Renda

Entenda as novas regras da declaração do Imposto de Renda

Dívida Pública Federal volta a subir em novembro

Dívida Pública Federal volta a subir em novembro

Caixa começa a pagar Bolsa Família de março

Caixa começa a pagar Bolsa Família de março

Com commodities em baixa, Ibovespa cai quase 1%; dólar fecha em alta de 0,29% e vai a R$ 5,58

Com commodities em baixa, Ibovespa cai quase 1%; dólar fecha em alta de 0,29% e vai a R$ 5,58

Embratur lança roteiro com principais pontos turísticos do Rio

Embratur lança roteiro com principais pontos turísticos do Rio

Governo propõe elevação de limite anual do MEI para R$ 144,9 mil

Governo propõe elevação de limite anual do MEI para R$ 144,9 mil

Contas públicas têm déficit de R$ 48,7 bilhões em fevereiro

Contas públicas têm déficit de R$ 48,7 bilhões em fevereiro

Rendimento domiciliar do brasileiro chegou a R$ 1.848 em 2023

Rendimento domiciliar do brasileiro chegou a R$ 1.848 em 2023

Haddad, serviços e inflação dos EUA ficam no radar

Haddad, serviços e inflação dos EUA ficam no radar