O destaque desta quarta-feira é a divulgação dos índices de inflação ao consumidor dos Estados Unidos (CPI), Brasil (IPCA) e China. Lá fora, o Fed publica a ata da mais recente reunião. Aqui, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, concede entrevista à GloboNews.
Exterior
Os mercados nos EUA e na Europa operam com margens estreitas em sua maioria nesta manhã. Há grande expectativa em relação à divulgação do CPI americano de março, que poderá ajudar nas apostas para a trajetória dos juros do país, em meio ao avanço das incertezas. A expectativa mediana para o CPI é de alta de 0,3% em março, após 0,4% em fevereiro. Recentemente, o payroll forte elevou as dúvidas quanto ao início dos cortes do juro básico dos EUA – se junho ou julho – e em relação à quantidade de quedas.
Outro foco é a ata do Fed, além da participação de dirigentes do BC americano em eventos nesta quarta. Enquanto isso, os índices futuros de ações de Nova York sobem de forma moderada, os rendimentos dos Treasuries miram queda, após avanço discreto mais cedo.
Na Europa, a alta das bolsas também é módica, o petróleo sobe levemente e o dólar mantém estabilidade ante outras moedas fortes. Já a maioria das bolsas asiáticas fechou em baixa, após a Fitch rebaixar a perspectiva do rating soberano chinês.
Brasil
Os ativos domésticos podem abrir próximos da estabilidade, seguindo o comportamento moderado no exterior e digerindo o IPCA, à espera do CPI americano de março. No Ibovespa, as commodities podem ajudar em alta, mesmo após a valorização de 0,80% (129.890,37 pontos) ontem. O minério de ferro em Dalian, na China, subiu 1,43% e pode instigar recuperação dos papéis da Vale. Já o petróleo avança levemente, o que pode eventualmente estimular os papéis da Petrobras. Os ADRs das duas empresas sobem no pré-mercado de Nova York nesta manhã.
No entanto, ficam no radar as incertezas na Petrobras. Ontem, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, pediu “paz” à estatal e disse que o cargo de presidente da empresa cabe ao Lula. Os mercados ainda avaliarão com afinco o IPCA de março, para o qual espera-se arrefecimento, no sentido de encontrarem pistas sobre os próximos passos do Copom após junho, dado que para este mês parece certo um novo corte da Selic de meio ponto porcentual. Além disso, fica no radar a aprovação, pela Câmara, ontem à noite, de uma alteração no arcabouço fiscal que permite ao governo antecipar cerca de R$ 15 bilhões em despesas.
*Agência Estado