segunda-feira, 19 de maio de 2025
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Ibovespa desce 1,4% e dólar sobe a R$ 5,07 com chances reduzidas de Fed cortar juros em junho

Ibovespa desce 1,4% e dólar sobe a R$ 5,07 com chances reduzidas de Fed cortar juros em junho

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A bolsa de valores fechou em queda de 1,41%, a 128.053,74 pontos nesta quarta-feira (10/04). O dólar subiu com os dados de inflação nos EUA e no Brasil impactando o humor dos investidores aqui e lá fora. O CPI (principal dado de inflação americano) e o IPCA mostraram situações difentes nos EUA e no Brasil.

As perdas podem se estender pela quinta-feira caso o PPI, indicador de inflação do produtor, dos EUA venha na mesma linha do CPI.

Dólar

A moeda norte-americana fechou em alta importante. O dólar subiu 1,41%, cotado a R$ 5,0784.

A sessão foi de alta volatilidade da divisa dos EUA em relação ao real, batendo R$ 4,99 na mínima e R$ 5,08 na máxima.

Da mesma maneira, no exterior, o dólar avançou ao final do dia. O DXY, que mede o desempenho global da moeda norte-americana, avançou 1,05%, a 105,24 pontos.

Ações em alta

  • Gafisa (GFSA3) +15,97%
  • Azevedo e Travassos (AZEV4) +13,42%
  • Terra Santa (LAND3) +13,16%
  • Azevedo e Travassos (AZEV3) +8,02%
  • Petrobras (PETR3) +3,02%

Ações em baixa

  • Multilaser (MLAS3) -11,15%
  • Infracommerce (IFCM3) -7,45%
  • C&A (CEAB3) -7,15%
  • Azul (AZUL4) -6,93%
  • CBA (CBAV3) -6,73%

Os rankings contemplam ações que compõem ou não o Ibovespa e outros índices com volume acima de R$ 1 milhão no dia. As cotações foram apuradas entre as 17h05 e 17h07.

Bolsas mundiais: Nova York

As bolsas de Nova York fecharam em baixa pressionadas pela divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) americano de março. A inflação acima do esperado por analistas reforçou a visão de que o Federal Reserve (Fed) deverá manter os juros mais elevados por mais tempo.

A ata da última reunião do Fed reconhece que há riscos para um crescimento econômico mais baixo nos EUA, mas mantém o foco na ainda persistente inflação, afirma a Pantheon em nota a clientes.

O índice Dow Jones encerrou a sessão em baixa de 1,09%, aos 38.461,51 pontos; o S&P 500 caiu 0,95%, aos 5.160,64 pontos. O Nasdaq desvalorizou 0,84%, aos 16.170,36 pontos.

Europa

As bolsas da Europa fecharam na maioria em alta em sessão atenta à divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) norte-americano de março e ações de bancos, que tiveram um desempenho forte no continente e deram suporte aos índices.

O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em alta de 0,12%, a 506,45 pontos.

O FTSE 100 avançou 0,33% em Londres, a 7.961,21 pontos. O DAX ganhou 0,11% em Frankfurt, a 18.097,30 pontos. Em Lisboa, o PSI 20 teve alta de 0,06%, a 6.279,78 pontos. Em Milão, o FTSE MIB subiu 0,27%, a 34.039,63 pontos.

Por outro lado, o Ibex 35 caiu 0,38% em Madri, a 10.775,00 pontos, na sua quarta queda consecutiva, enquanto o CAC 40, de Paris, teve baixa de 0,05%, a 8.045,38 pontos.

Inflação nos EUA movimentou a bolsa de valores

A inflação nos EUA em março se mostra resiliente, o que impacta as projeções do mercado de início do ciclo de queda dos juros, que estava projetado para junho. Segundo projeções do CME, a aposta majoritária agora está para setembro.

O CPI anual foi a 3,5% em março ante 3,2% de fevereiro. Enquanto o núcleo sustentou a taxa de 3,8% na passagem de mês. Isso afetou muito mais a bolsa de valores hoje no Brasil do que IPCA, que é o indicador de inflação local.

“O motivo para o CPI ter vindo acima do esperado foi petróleo, seguro de carro e moradia. Quando a gente olha os dados da inflação global de março, percebe que isso já estava indicado nos dados que o Banco Mundial divulga com antecipação”, diz Fernando Bresciani, analista de investimentos do Andbank.

Logo que o indicador saiu, pela manhã, o mercado se assustou. Juros subiram no mundo todo, bolsas caíram e o dólar avançado como opção de proteção ao risco. Em resumo, uma das poucas ações do Ibovespa que se sustentou foi a Petrobras, amparada pelo preço do petróleo, que subiu 1%.

Na quinta, pela manhã, sai o PPI, que é inflação ao produtor nos EUA e um indicador de inflação futura, que pode estressar ainda mais o mercado se vier forte. “Antes da sua divulgação, a expectativa é de cautela no mercado”, alerta Bresciani.

IPCA

Por outro lado, o IPCA (principal índice de inflação brasileiro) de março veio abaixo das expectativas do mercado, desacelerando após avanço de 0,16%.

Dessa maneira, no acumulado dos últimos 12 meses, a inflação brasileira desacelerou para 3,93%. O teto da meta é 4,5%.

“Do ponto de vista qualitativo, a leitura foi melhor do que esperávamos. A melhora, quase que disseminada, nos núcleos foi animadora e reforça um cenário desinflacionário consistente no curto prazo”, avalia Igor Cadilhac, economista do PicPay.

“Aos olhos do ciclo de corte da Selic , esse panorama confirma a nossa visão de uma nova queda de 50 pontos-base do Copom”, complementa.

Nesse sentido, o economista da CM Capital, Matheus Pizzani, destaca os preços administrados, que registraram inflação de 0,25% no mês.

Assim, apesar do ganho de 6,39% em 12 meses, acima da média, a movimentação de março é positiva “por conta do arrefecimento apresentado pelo grupo de transportes” após desaceleração do preço dos combustíveis”, avalia Pizzani.

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Fonte: B3 – Bora Investir

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