quinta-feira, 21 de novembro de 2024
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Ibovespa vira para o negativo e cai aos 124 mil pontos, enquanto dólar recua a R$ 5,24

Ibovespa vira para o negativo e cai aos 124 mil pontos, enquanto dólar recua a R$ 5,24

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A bolsa de valores fechou em queda de 0,17%, aos 124.171.15 pontos nesta quarta-feira (17/04), após uma abertura positiva. Assim, o índice encerrou o pregão com a quinta baixa consecutiva. As ações de frigoríficos pesaram contra o índice, enquanto ações do setor de mineração como Vale (VALE3) e CSN Mineração (CMIN3) subiram no Ibovespa.

Por outro lado, o dólar recuou depois de bater o patamar de R$ 5,27, e terminou o dia cotado a R$ 5,2434. A moeda norte-americana registrou valor recorde na terça, o maior desde março do ano passado.

Ibovespa

O Ibovespa abriu em alta, mas cedeu durante o dia com pessimismo dos investidores com o cenário da economia americana e falas do presidente do Banco Central Roberto Campos Neto. Nesta quarta-feira, o banqueiro citou que a autoridade monetária deve “observar cada dia” para definir o futuro da política monetária.

À luz do comentário, Campos Neto afirmou que a revisão da meta fiscal de 2025 de reduzir o superávit primário em 0,5% para zerar o déficit aumenta os prêmios de risco. Mas a alteração, presente na Lei de Diretrizes Orçamentárias definida pelos ministérios da Fazenda e do Planejamento, foi em direção do mercado, destacou Campos Neto.

Para Fabio Louzada, as falas do presidente do BC “pesam de certa forma no mercado”. Apesar de denotar que a maior parte das incertezas vêm do cenário externo, “uma preocupação com o fiscal tornou o trabalho do BC mais difícil, segundo ele”.

Já de acordo com Alexsandro Nishimura, economista da Nomos, as altas das ações da Petrobras (PETR3;PETR4) e de Vale (VALE3) ajudaram a estancar as perdas do Ibovespa.

“As taxas de juros futuros de curto prazo, que caíam, viraram para alta”, diz Nishimura. O principal motivo foi a interpretação, dentre investidores, de que a fala de Campos Neto coloca em xeque o guidance do BC para cortar a Selic em 0,50 ponto percentual na próxima reunião.

As ações ON e PN da Petrobras obtiveram ganhos de 0,15% e 0,73%, respectivamente. Além disso, o papel da Vale (VALE3) avançou 1,09% no pregão.

Dólar

Por outro lado, o dólar também fechou em queda contra o real, reduzindo a pressão sobre o câmbio depois do ganho recorde da última sessão.

Assim, a moeda norte-americana terminou o pregão cotada a R$ 5,2434, uma desvalorização de 0,50% contra a moeda brasileira.

No cenário internacional, o desempenho da divisa americana também era negativo contra pares mundiais como o euro e o iene. O índice DXY, que compara o dólar contra uma cesta de moedas importantes, fechou o dia de negociações em queda de 0,30%, a 105,93 pontos.

Ações em alta

Considerando todos os ativos presentes no Ibovespa, a ação com maior desempenho na bolsa de valores ficou com o papel da Biomm (BIOM3).

A ação (BIOM3) decolou 38,16% após a Biomm divulgar que chegou a um acordo com a farmacêutica indiana Biocon para produzir e comercializar um concorrente do Ozempic no Brasil. O remédio, em forma de caneta, é utilizado para tratamento de diabetes e controle de peso.

Em entrevista exclusiva à Inteligência Financeira, o CEO da Biomm, Heraldo Marchezini, explicou que o acordo com a Biocon abre para a companhia um mercado de R$ 3 bilhões no Brasil.

Confira abaixo as principais altas da bolsa de valores. A lista segue como critério elencar apenas ações com mais de mil negociações durante o pregão.

  • Biomm ON (BIOM3): +38,16%
  • Sequoia Logística ON (SEQL3): +20%
  • Alliar ON (AALR3): +12,23%
  • CSN Mineração (CMIN3): +5,48%
  • Portobello ON (PTBL3): +3,71%

Ações em baixa

Por outro lado, a ação preferencial da Recrusul (RCSL4) teve o menor desempenho do dia, com queda de 9,84% na bolsa de valores.

Veja a seguir as cinco principais quedas. A lista segue os mesmos critérios do ranking anterior.

  • Recrusul PN (RCSL4): -9,84%
  • Azevedo&Travassos PN (AZEV4): -9,38%
  • Romi ON (ROMI3): -7,15%
  • Marfrig ON (MRFG3): -6,45%
  • CVC Brasil ON (CVCB3): -5,05%

Bolsas de Nova York

As bolsas de Nova York fecharam em queda após resultado decepcionante da ASML deflagrar uma onda generalizada de vendas de ações do setor de chips semicondutores. A pressão amplificou a cautela causada pelas perspectivas de juros restritivos por mais tempo nos Estados Unidos, além das incertezas geopolíticas.

O índice Dow Jones encerrou a sessão com desvalorização de 0,12%, a 37.753,31 pontos; o S&P 500 caiu 0,58%, aos 5.022,21 pontos; e o Nasdaq desceu 1,15%, aos 15.683,37 pontos.

Bolsas da Europa

As bolsas da Europa fecharam em alta, com recuperação após a queda acima de 1% que os índices sofreram na terça-feira, em um cenário de aversão a riscos por conta das tensões geopolíticas. Nesta quarta, dados de inflação na zona do euro e no Reino Unido foram divulgados, o que, no caso do bloco europeu, apontou o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) a caminho da meta do Banco Central Europeu (BCE). O dia contou ainda com a divulgação dos balanços de importantes empresas.

Já a mineradora anglo-australiana Rio Tinto agradou com os últimos números de produção, e sua ação avançou 2,55% em Londres, onde o FTSE 100 subiu 0,35%, a 7.847,99 pontos.

Em Frankfurt, o DAX subiu 0,12%, a 17.786,99 pontos, enquanto o FTSE MIB avançou 0,72%, a 33.632,71 pontos, em Milão. A ação do banco espanhol subiu 1,40% em Madri, onde o Ibex 35 teve alta de 1,02%, a 10.633,90 pontos. Ainda na Península Ibérica, o PSI 20 subiu 0,16%, a 6.234,41 pontos, em Lisboa.

*Com informações da Agência Estado

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Fonte: B3 – Bora Investir

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