sábado, 12 de abril de 2025
Search

Tebet descarta desvinculação de aposentadorias do salário mínimo

Tebet descarta desvinculação de aposentadorias do salário mínimo

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE


A desvinculação do piso das aposentadorias ao salário mínimo “não passa pela cabeça” do governo, disse nesta quarta-feira (12) a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet. Em audiência pública na Comissão Mista de Orçamento, ela disse que a pasta estuda a “modernização” de benefícios como o Benefício de Prestação Continuada (BPC), o abono salarial e o seguro-desemprego.

“Não passa pela cabeça do presidente Lula nem da equipe econômica desvincular a aposentadoria do salário mínimo. Estamos analisando a possibilidade de modernizar benefícios previdenciários [não relacionados à aposentadoria] e trabalhistas”, disse a ministra.

Tebet ressaltou que as discussões ainda estão em fase inicial e estão sendo feitas pelos técnicos da pasta, sem que nenhuma decisão tenha sido tomada. “Acho que mexer na valorização da aposentadoria é um equívoco. Vai tirar com uma mão e ter que dar com outra. Temos de modernizar as demais vinculações. O BPC, o abono salarial, como estão essas políticas públicas. A discussão está sendo feita internamente, mas não há decisão política”, acrescentou.

Revisão de gastos

A ministra disse que a etapa mais difícil do ajuste fiscal está começando, com a revisão de gastos. Ela própria admitiu que o espaço para medidas para aumentar a arrecadação está diminuindo. “Como o próprio ministro Haddad falou, não temos plano B em relação à desoneração. Isso significa que as novas fontes de receita estão se esgotando. O lado bom disso é que vamos ter de acelerar a esteira da revisão de gastos”, disse Tebet.

A ministra referiu-se à declaração do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, após a devolução parcial da medida provisória que pretendia limitar compensações do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins). Segundo ela, agora o governo precisa “realinhar e requalificar” os gastos públicos.

“Temos plano A, plano B, plano C e plano D na revisão de gastos, porque ela mal começou. Não é por outra razão e ninguém esconde isso, ela mal começou porque é o trabalho mais difícil de fazer, é complexo e envolve deliberação do Congresso Nacional”, justificou a ministra.

De acordo com Tebet, há três frentes de diminuição de gastos. A primeira é a fiscalização e eliminação de fraudes de programas sociais, como o Bolsa Família. A segunda é a redução de incentivos fiscais. A terceira é a modernização de despesas obrigatórias, como saúde, educação e benefícios previdenciários.

Saúde e educação

Embora o ministro Haddad tenha dito na terça-feira (11) que pretende propor mudanças no formato dos pisos constitucionais da saúde e da educação, Tebet afirmou que a limitação do crescimento dos limites a 2,5% de aumento acima da inflação por ano não está em discussão. “Ninguém está dizendo que vai limitar a 2,5%”, declarou.

Uma eventual mudança da regra tem como objetivo evitar o colapso do novo arcabouço fiscal porque os pisos para a Saúde e a Educação cresceriam mais que os gastos discricionários (não obrigatórios) dos ministérios nos próximos anos. O próprio Tesouro Nacional estima que o espaço para as despesas livres do governo será comprimido ano a ano, até se extinguir em 2030, caso as regras para os limites mínimos de Saúde e Educação não sejam alteradas.



Fonte: Agência Brasil

Gostou? Compartilhe com um Amigo!

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE

Siga nossas Redes Sociais

Google_News_icon
Google News

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Quem viu esse, também viu estes

entenda esse imposto e como ele afeta seus investimentos

entenda esse imposto e como ele afeta seus investimentos

Petrobras fará transição energética de forma gradual, diz presidente

Petrobras fará transição energética de forma gradual, diz presidente

quais os produtos que o Brasil mais exporta para os EUA?

quais os produtos que o Brasil mais exporta para os EUA?

Taxa de desemprego fica em 7,8% no trimestre encerrado em fevereiro

Taxa de desemprego fica em 7,8% no trimestre encerrado em fevereiro

Amazon e Shopee pedem adesão a programa Remessa Conforme

Amazon e Shopee pedem adesão a programa Remessa Conforme

Lula determinou que ministros cumpram meta fiscal

Lula determinou que ministros cumpram meta fiscal

Entenda como taxação do aço e alumínio pelos EUA pode impactar exportações do Brasil

Entenda como taxação do aço e alumínio pelos EUA pode impactar exportações do Brasil

Cobrança indevida e compra não reconhecida estão entre principais

Cobrança indevida e compra não reconhecida estão entre principais

Mercado reduz previsão da inflação de 4,65% para 4,63% este ano

Mercado reduz previsão da inflação de 4,65% para 4,63% este ano

Lula anuncia R$ 121,4 bilhões em investimentos do PAC em Minas Gerais

Lula anuncia R$ 121,4 bilhões em investimentos do PAC em Minas Gerais

Varejo tem alta de 0,4% de setembro para outubro, diz IBGE

Varejo tem alta de 0,4% de setembro para outubro, diz IBGE

Mercadante defende salto de qualidade na indústria da saúde

Mercadante defende salto de qualidade na indústria da saúde

semana começa com cautela externa e risco fiscal

semana começa com cautela externa e risco fiscal

Empregadores têm o dia 29 para enviarem informe de rendimentos

Empregadores têm o dia 29 para enviarem informe de rendimentos

Ibovespa recua 0,50% e volta aos 126 mil pontos com exterior em foco; dólar avança

Ibovespa recua 0,50% e volta aos 126 mil pontos com exterior em foco; dólar avança

Ibovespa tem queda contida após vitória de Trump e fecha com recuo de 0,24%; dólar cai 1,26% e vai a R$ 5,67

Ibovespa tem queda contida após vitória de Trump e fecha com recuo de 0,24%; dólar cai 1,26% e vai a R$ 5,67