sábado, 12 de abril de 2025
Search

Mercado financeiro espera por manutenção da taxa de juros nesta semana

Mercado financeiro espera por manutenção da taxa de juros nesta semana

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Instituições financeiras consultadas pelo Banco Central (BC) esperam pela manutenção da taxa básica de juros, a Selic, em 10,5% ao ano, nesta semana. O Comitê de Política Monetária (Copom) do BC reúne-se amanhã (18) e quarta-feira (19) para definir os juros básicos da economia. A estimativa está no Boletim Focus desta segunda-feira (17), pesquisa divulgada semanalmente pelo BC com a expectativa para os principais indicadores econômicos.

Em sua última reunião, no início de maio, o Copom reduziu a taxa pela sétima vez consecutiva, para 10,5% ao ano. No entanto, a velocidade do corte diminuiu. De agosto do ano passado até março deste ano, o Copom tinha reduzido os juros básicos em 0,5 ponto percentual a cada reunião. Nesta última vez, a redução foi de 0,25 ponto percentual.

Além disso, os membros do colegiado mostraram preocupação com as expectativas de inflação acima da meta e, “em meio a um cenário macroeconômico mais desafiador do que o previsto anteriormente”, não previram novos cortes na taxa Selic. A extensão e a adequação de ajustes futuros na taxa, segundo a ata da última reunião, “serão ditadas pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta”.

De março de 2021 a agosto de 2022, o Copom elevou a Selic por 12 vezes consecutivas, em um ciclo de aperto monetário que começou em meio à alta dos preços de alimentos, de energia e de combustíveis. Por um ano, de agosto de 2022 a agosto de 2023, a taxa foi mantida em 13,75% ao ano, por sete vezes seguidas. Com o controle dos preços, o BC passou a realizar os cortes na Selic.

Para o mercado financeiro, a Selic deve encerrar 2024 em 10,5% ao ano. Para o fim de 2025, a estimativa é de que a taxa básica caia para 9,5% ao ano. Para 2026 e 2027, a previsão é que ela seja reduzida novamente, para 9% ao ano.

Inflação

A Selic é o principal instrumento do BC para alcançar a meta de inflação.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas. Desse modo, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia.

Quando o Copom diminui a Selic, a tendência é de que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.

Antes do início do ciclo de alta, a Selic tinha sido reduzida para 2% ao ano, no nível mais baixo da série histórica iniciada em 1986. Por causa da contração econômica gerada pela pandemia de covid-19, o Banco Central tinha derrubado a taxa para estimular a produção e o consumo. A taxa ficou no menor patamar da história de agosto de 2020 a março de 2021.

A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – considerado a inflação oficial do país – teve elevação, passando de 3,9% para 3,96% este ano. Para 2025, a projeção da inflação também subiu de 3,78% para 3,8%. Para 2026 e 2027, as previsões são de 3,6% e 3,5% para os dois anos.

A estimativa para 2024 está dentro do intervalo da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é 3% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior 4,5%. Para 2025 e 2026, as metas de inflação estão fixadas em 3%, com a mesma tolerância.

Em maio, pressionada pelos preços de alimentos e bebidas, a inflação do país foi 0,46%, após ter registrado 0,38% em abril. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas, em 12 meses, o IPCA acumula 3,93%.

PIB e câmbio

A projeção das instituições financeiras para o crescimento da economia brasileira neste ano teve variação negativa, de 2,09% para 2,08%.  Para 2025, a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – é de crescimento de 2%. Para 2026 e 2027, o mercado financeiro estima expansão do PIB também em 2%, para os dois anos.

Superando as projeções, em 2023 a economia brasileira cresceu 2,9%, com um valor total de R$ 10,9 trilhões, de acordo com o IBGE. Em 2022, a taxa de crescimento havia sido 3%.

A previsão de cotação do dólar está em R$ 5,13 para o fim deste ano. No fim de 2025, a previsão é que a moeda americana fique em R$ 5,10.

*Agência Brasil

Para conhecer mais sobre finanças pessoais e investimentos, confira os conteúdos gratuitos na Plataforma de Cursos da B3.



Fonte: B3 – Bora Investir

Gostou? Compartilhe com um Amigo!

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE

Siga nossas Redes Sociais

Google_News_icon
Google News

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Quem viu esse, também viu estes

Ibovespa recua 0,37% com avanço dos juros futuros; dólar atinge maior nível desde março de 2021

Ibovespa recua 0,37% com avanço dos juros futuros; dólar atinge maior nível desde março de 2021

veja quanto já faturou o indicado ao Oscar de Melhor Filme

veja quanto já faturou o indicado ao Oscar de Melhor Filme

Embalado por cenário exterior e otimismo fiscal, Ibovespa fecha em alta de 1,87%; dólar cai quase 1,5% e vai a R$ 5,78

Embalado por cenário exterior e otimismo fiscal, Ibovespa fecha em alta de 1,87%; dólar cai quase 1,5% e vai a R$ 5,78

Taxa de desemprego cai para 7,8% em agosto, revela IBGE

Taxa de desemprego cai para 7,8% em agosto, revela IBGE

Governo oficializa congelamento de R$ 15 bilhões no Orçamento

Governo oficializa congelamento de R$ 15 bilhões no Orçamento

Pix foi o meio de pagamento mais popular do Brasil em 2023

Pix foi o meio de pagamento mais popular do Brasil em 2023

Ministros dos G20 não chegam a consenso sobre comunicado conjunto

Ministros dos G20 não chegam a consenso sobre comunicado conjunto

Dívida Pública sobe 2,25% e ultrapassa R$ 7,1 trilhões em junho

Dívida Pública sobe 2,25% e ultrapassa R$ 7,1 trilhões em junho

Governador do RS projeta perda de arrecadação de R$ 5 bi a R$ 10 bi

Governador do RS projeta perda de arrecadação de R$ 5 bi a R$ 10 bi

G20 Social pode melhorar proposta para taxar super-ricos, diz Macêdo

G20 Social pode melhorar proposta para taxar super-ricos, diz Macêdo

Dólar sobe para R$ 5,06 após dados de emprego nos EUA

Dólar sobe para R$ 5,06 após dados de emprego nos EUA

Puxada por Vale e bancos, Ibovespa fecha em forte alta de 1,31%; dólar cai

Puxada por Vale e bancos, Ibovespa fecha em forte alta de 1,31%; dólar cai

Trump toma posse; veja o que esperar para economia do Brasil e do mundo

Trump toma posse; veja o que esperar para economia do Brasil e do mundo

Com juros em alta, Ibovespa fecha em queda de 0,58%, a 123 mil pontos; dólar também cai

Com juros em alta, Ibovespa fecha em queda de 0,58%, a 123 mil pontos; dólar também cai

Real se valoriza frente ao dólar, que cai 1,22% e fecha em R$ 5,57; à espera do payroll, Ibovespa tem alta de 0,29%

Real se valoriza frente ao dólar, que cai 1,22% e fecha em R$ 5,57; à espera do payroll, Ibovespa tem alta de 0,29%

Mercado eleva para 2,64% projeção do crescimento da economia em 2023 

Mercado eleva para 2,64% projeção do crescimento da economia em 2023