quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Search

Banco Central eleva estimativa do PIB para 2,3% neste ano

Banco Central eleva estimativa do PIB para 2,3% neste ano

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE


O Banco Central (BC) elevou a estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano, de 1,9% para 2,3%, segundo o relatório de inflação do segundo trimestre, divulgado nesta quinta-feira (27). No primeiro trimestre do ano, o PIB cresceu 0.8%, ritmo considerado “robusto e superior ao esperado” pelo BC. O banco avaliou ainda que as enchentes no Rio Grande do Sul terão um impacto menor na atividade econômica do que o esperado.

Brasília (DF), 26/10/2023, Prédio do Banco Central em Brasília. Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

Sede do Banco Central em Brasília. Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

Segundo o relatório, no cenário doméstico, a atividade econômica e o mercado de trabalho se mostraram aquecidos, o que contribuiu para a queda no desemprego e aumento nos salários. “Esses fatores justificaram revisão para cima da projeção de crescimento do PIB em 2024, de 1,9% para 2,3%. As enchentes no Rio Grande do Sul causaram expressiva queda na atividade econômica gaúcha, mas já há sinais de recuperação”, disse o BC.

Cenário externo

Em relação ao cenário externo, a instituição avalia que ambiente se mantém adverso e segue exigindo cautela por parte dos países emergentes. O relatório aponta que permanecem elevadas as incertezas sobre a flexibilização da política monetária nos Estados Unidos e quanto à velocidade na queda da inflação de forma sustentada em diversos países.

“Os bancos centrais das principais economias permanecem determinados em promover a convergência das taxas de inflação para suas metas, em um ambiente marcado por pressões nos mercados de trabalho”, diz o relatório.

Inflação

Para o BC, a inflação, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve ficar em 4%, em 2024. A previsão anterior era de inflação em 3,5%

O relatório diz que, apesar de ter havido um recuo na inflação, aumentou a expectativa de desancoragem. No acumulado de 12 meses, o IPCA apresentou um recuo de 4,5% em fevereiro para 3,9% em maio. A inflação também registra queda, quando se observam seus núcleos e quando se considera a métrica trimestral.

“Contudo, o recuo da inflação no último trimestre foi menor do que o projetado no cenário de referência apresentado no Relatório anterior (surpresa de +0,14 p.p.), destacando‑se alta mais intensa dos alimentos. Em meio a aumento de incertezas nos cenários doméstico e externo, as expectativas de inflação para 2025 e 2026, que já se encontravam acima da meta de inflação para o período, aumentaram de 3,5% para 3,8% e 3,6%, respectivamente, segundo a mediana apurada pela pesquisa Focus”, diz o documento.

Para o BC, as projeções indicam aumento da inflação no segundo trimestre de 2024, mas com retomada da trajetória de declínio, permanecendo, porém, acima do centro da meta, que é de 3% ao ano, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Nesse cenário, a inflação acumulada em quatro trimestres, depois de terminado 2023 em 4,6%, com projeção de queda para 4,0%, em 2024, 3,4%, em 2025, e 3,2% em 2026, diante da meta de 3%.

O BC destaca, contudo que, em relação ao relatório anterior, a projeção de inflação para 2024 e 2025 aumentou. A elevação para 2024 atingiu 0,5 p.p. e para 2025 alcançou 0,2 p.p.

“Para o horizonte relevante, o aumento resultou principalmente da atividade econômica mais forte que o esperado, que levou a uma elevação no hiato do produto estimado. Contribuíram ainda o aumento das expectativas de inflação, a depreciação cambial, a inércia do aumento da projeção de curto prazo e a utilização de taxa de juros neutra maior. Por outro lado, o aumento da taxa de juros real foi fundamental para evitar um aumento mais significativo na projeção”, aponta o documento.



Fonte: Agência Brasil

Gostou? Compartilhe com um Amigo!

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE

Siga nossas Redes Sociais

Google News

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Quem viu esse, também viu estes

“Não fazemos só análise financeira, mas socioeconômica”, afirma CEO do Banco Afro

“Não fazemos só análise financeira, mas socioeconômica”, afirma CEO do Banco Afro

Conheça o calendário de restituição do Imposto de Renda 2024

Conheça o calendário de restituição do Imposto de Renda 2024

Manutenção da queda dos juros dependerá do exterior, diz Haddad

Manutenção da queda dos juros dependerá do exterior, diz Haddad

Transações via DOC e TEC deixam de existir nesta quinta-feira

Transações via DOC e TEC deixam de existir nesta quinta-feira

Ibovespa fecha dia e semana em queda, aos 126 mil pontos, enquanto dólar sobe

Ibovespa fecha dia e semana em queda, aos 126 mil pontos, enquanto dólar sobe

Centro desenvolve modelo de negócios com base na biodiversidade

Centro desenvolve modelo de negócios com base na biodiversidade

Haddad descarta taxar comércio online para compensar desoneração

Haddad descarta taxar comércio online para compensar desoneração

Ibovespa fecha em alta de 0,34% e retoma patamar dos 128 mil pontos; dólar sobe 0,36%, cotado a R$ 5,76

Ibovespa fecha em alta de 0,34% e retoma patamar dos 128 mil pontos; dólar sobe 0,36%, cotado a R$ 5,76

Inflação de setembro tem alta de 0,26%

Inflação de setembro tem alta de 0,26%

Com commodities em baixa, Ibovespa fecha em queda de 0,25%; dólar sobe a R$ 4,98

Com commodities em baixa, Ibovespa fecha em queda de 0,25%; dólar sobe a R$ 4,98

Petrobras: Prates pede que conselho avalie fim de mandato

Petrobras: Prates pede que conselho avalie fim de mandato

Servidores federais ambientais iniciam greve

Servidores federais ambientais iniciam greve

Mercados financeiros hoje: decisões do Fed e Copom ficam no foco

Mercados financeiros hoje: decisões do Fed e Copom ficam no foco

Ibovespa sobe 1% e volta a 127 mil pontos com avaliação da Moody’s; dólar cai

Ibovespa sobe 1% e volta a 127 mil pontos com avaliação da Moody’s; dólar cai

Agências reguladoras cancelam votações em apoio a servidores

Agências reguladoras cancelam votações em apoio a servidores

Governo teve déficit primário de R$ 25,7 bilhões em agosto

Governo teve déficit primário de R$ 25,7 bilhões em agosto