A inflação medida pelo PCE dos Estados Unidos fica no foco nesta sexta-feira, última sessão de junho. A agenda traz ainda o índice de sentimento do consumidor pela Universidade de Michigan, com as expectativas de inflação em 1 e 5 anos, e discursos de dois dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano). No front nacional, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, participa do Fórum de Lisboa, enquanto o diretor de Política Monetária, Gabriel Galípolo, faz palestra. São esperados ainda a nota de política fiscal do BC e os dados de desemprego pela Pnad Contínua.
Exterior
A maioria das bolsas sobe no exterior, com exceção de Paris, que reflete os receios com as eleições legislativas na França neste fim de semana. A Bolsa de Londres sobe após a revisão para cima do Produto Interno Bruto (PIB) do Reino Unido, enquanto no mercado futuro em Nova York, o S&P500 renovou máxima histórica nesta madrugada, após investidores avaliarem que as chances do republicano Donald Trump retornar à Casa Branca em novembro aumentaram com o resultado do debate presidencial americano de ontem à noite.
Pesquisa da CNN apontou que 67% dos espectadores elegeram Trump como o vencedor do debate, enquanto 33% classificaram a desenvoltura do atual presidente Joe Biden como a melhor. O CEO do deVere Group, Nigel Green, diz que os investidores em Wall Street já estão começando a se posicionar para uma eventual vitória de Trump. O banco holandês ING acredita que uma eventual gestão de Trump pode ser mais positiva para o dólar com uma política fiscal mais flexível e postura mais agressiva com tarifas comerciais. Os investidores ficam agora à espera do PCE, que pode mexer nas apostas para a trajetória de juros nos EUA.
Brasil
O último pregão do mês pode ser positivo para o Ibovespa diante do sinal de alta das bolsas internacionais e avanço do petróleo. Os ADRs da Petrobras estavam em alta modesta no pré-mercado em NY há pouco, assim como os da Vale, após o minério de ferro fechar em alta de 0,18% em Dalian, na China.
O dólar tende a ficar mais volátil com a definição da Ptax de junho, mas no exterior a moeda recua ante maioria das moedas emergentes. Os juros futuros podem ficar mais sensíveis aos números do setor público consolidado, que deve mostrar déficit primário de R$ 59 bilhões em maio, após saldo positivo de R$ 6,688 bilhões em abril e o déficit primário pior do que o esperado do Governo Central em maio. O mercado ainda pode repercutir a decisão da Fitch de reafirmar a classificação da nota soberana do Brasil em ‘BB’, com perspectiva estável.
*Agência Estado
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