A Azzas 2154, novo nome da empresa que resultou da fusão entre Arezzo&Co e Grupo Soma, celebrou a conclusão da combinação dos negócios na B3 nesta quinta-feira. Hoje, as ações da companhia começam a ser negociadas na bolsa do Brasil com o ticker AZZA3.
“Nossa ambição é usar a vitrine da moda para mostrar a beleza e criatividade do nosso país”, afirmou Alexandre Birman, CEO da Azzas.
“São marcas que tiveram, durante a COVID, a capacidade de inovar e sair mais fortes. Isso é o exemplo prático de como conseguimos trabalhar de forma diferente”, afirmou.
Os acionistas da Arezzo&Co serão titulares de 54% de participação na companhia e os do Grupo Soma de 46%.
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Em seu discurso, Birman lembrou de uma conversa com Roberto Jatahy, do Grupo Soma, durante as tratativas sobre a fusão. “Em um jantar na minha casa, lembro que falamos do por que faria sentido estarmos juntos, além da sinergia e capacidade de crescer”, contou. “E então falamos do nosso objetivo de dar palco, usar a vitrine das nossas lojas para expor a moda brasileira, a beleza e a criatividade da moda brasileira”.
Gilson Finkelsztain, CEO da B3, disse ser uma “uma honra fazer parte da histórias dessas companhias”. Finkelsztain lembrou também dos IPOs e follow-ons das empresas que hoje formam a Azzas 2154. “Estamos em um novo momento da história do mercado de capitais no Brasil”, afirmou. “Inovação combina com paixão pelo negócio e pelo empreendedorismo, marca da história dessa empresa que conta com 34 marcas, 21.800 funcionários e mais de duas mil lojas”.
Com a consumação da incorporação, o capital social foi elevado em R$ 578,9 milhões, por meio da emissão de 95.500.607 novas ações ordinárias e subscritas pelos administradores Grupo Soma, na proporção de suas respectivas participações.
Sinergias entre Arezzo e Grupo Soma
Para Birman, uma das maiores oportunidades da fusão é a possibilidade de vender para clientes de uma marca os produtos de outra. “É um projeto de mais médio e longo prazo, está sendo desenhado ainda, mas temos um projeto chamado Azzas Prime, a ser lançado nos próximos 12 meses, em que a gente vai oferecer o pacote de benefícios para que a cliente possa ter mais recorrência, frete grátis, possibilidade de troca de um produto de uma marca na loja da outra”, disse. “Sabemos que nosso maior valor é a relação com nossa consumidora”.
Segundo ele, o modelo de assinatura já existe na Reserva, com resultados positivos. São quase 800 mil clientes que renovam o plano todos os anos. Além da maior recorrência de compras, isso gera inclusive uma receita de assinatura com o modelo.
Plano para o crescimento da Hering
A maior expectativa da Azzas é com o turnaround da Hering, afirmou Birman. “O terceiro trimestre já deve demonstrar um diferencial muito interessante de crescimento da companhia. Desde o primeiro dia [da fusão] já definimos um plano, com um trabalho muito estruturado em produtos e marca”.
Segundo o CEO, a Arezzo&Co tem um modelo diferente do adotado pela Hering até então, e que será implementado. “A Arezzo tem uma característica de ter um marketing mais orgânico. A Hering não estava com estratégia de comunicação e marketing para o tamanho da envergadura que a marca tem. Estamos trazendo influencers e atrizes, e, na parte de produto, uma visão mais de moda, para ter espaço para o básico ser reinventado.”
Sobre o potencial de preço das ações, Birman se mostrou otimista. “Todos os analistas têm buy [recomendação de compra] com um preço-alvo muito acima do que está hoje”, afirmou. Ele defendeu inclusive que a fusão torna a empresa uma large cap e que o volume transacionado na ação da AZZA3 por dia deve aumentar na comparação com as ações de Arezzo e Soma separadas, o que pode atrair investidores maiores para a companhia. “Hoje, a ação se torna muito mais atrativa, vai ter investidor com muito mais envergadura. Já houve uma migração enorme da base de investidores, e 65% dos investidores em Arezzo hoje são estrangeiros”, afirmou.
Confira como foi o evento:
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