sexta-feira, 11 de abril de 2025
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balanços e Oriente Médio ampliam tensão com economia

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Os olhos nos mercados se voltam nesta sexta-feira para a leitura do payroll dos Estados Unidos em julho, que é um indicador-chave para o Federal Reserve (Fed) definir o início do afrouxamento monetário. Chevron e ExxonMobil também informam resultados do segundo trimestre em meio às tensões no Oriente Médio. Os investidores monitoram também o desempenho da produção industrial em julho e comentários do presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante eventos no Ceará.

Exterior

As bolsas na Ásia tiveram fortes perdas e o iene volta a se fortalecer, ecoando a aversão ao risco em Wall Street e reagindo a balanços frustrantes de big techs americanas, principalmente da Intel, que pesou em ações de chips asiáticas. O Nasdaq continua exibindo as piores perdas entre os futuros de Nova York, enquanto juros dos Treasuries e o dólar voltam a cair. As ações da Intel e da Amazon sofriam tombos de 21,51% e 8,37%, respectivamente, no pré-mercado de Nova York às 6h40 (de Brasília). Já a da Apple tinha modesta baixa de 0,16%.

Os contratos futuros do ouro atingem nova máxima histórica nesta sexta-feira, em meio a preocupações com a economia dos EUA. Após dados apontando para o enfraquecimento da atividade no país ontem, os investidores aguardam o payroll de julho, que deve apresentar a terceira desaceleração consecutiva. Se as previsões se confirmarem, podem ampliar o receio sobre a possibilidade de recessão nos EUA e elevar as apostas em corte de juros de 50 pontos-base na reunião do Fed, em setembro. Por outro lado, uma leitura mais forte que o esperado pode ampliar a chance de corte menor na próxima reunião em meio à desaceleração da inflação e temores de que a economia dos Estados Unidos entre em recessão.

Atenções ficam também na taxa de desemprego, em cenário de desaceleração na demanda por mão de obra em vários setores da economia. Ontem, a ferramenta de monitoramento do CME Group precificava 25,5% de chance de corte de 50 pb no próximo encontro.

A aversão ao risco é intensificada pelos conflitos geopolíticos no Oriente Médio. Um possível ataque iraniano a Israel está no radar sob preocupações com a oferta do produto, o que dá leve suporte ao petróleo. Mas se o payroll confirmar os sinais de enfraquecimento econômico nos EUA, o petróleo pode se enfraquecer por incertezas sobre a demanda. O porta-voz das Forças Armadas de Israel (IDF), Daniel Hagari, voltou a dizer ontem que o país não quer um conflito mais amplo, mas que estão “totalmente preparados” para qualquer cenário, e que não vão recuar caso sejam atacados. O Banco Central Europeu (BCE) destacou que a estabilidade econômica da zona do euro pode ser afetada pela “guerra injustificada da Rússia contra a Ucrânia” e o “trágico conflito no Oriente Médio”. A S&P Global alertou que, embora seja desafiador quantificar os impactos de um conflito mais amplo, os efeitos negativos para Israel tornam possível uma alteração no risco de crédito.

Brasil

A aversão a risco no exterior deve continuar pesando no humor local. Na Bolsa, as altas modestas do petróleo e de 2,16% do minério de ferro na China hoje podem apoiar ações da Petrobras e Vale, amenizando o impacto externo negativo sobre o Ibovespa. Investidores devem olhar ainda os dados de produção industrial e acompanhar as teleconferências de várias empresas, após divulgarem resultados do segundo trimestre ontem, como o da Auren e Cielo.

Nos juros, a queda dos rendimentos dos Treasuries pode aliviar os ajustes na curva, após a reunião de julho do Comitê de Política Monetária (Copom), indicar que a ampla maioria do mercado (39 de 43 casas, ou 90,6%) prevê que a Selic deve ficar parada em 10,50% até o final do ano, após o comunicado do Copom.

No câmbio, o dólar pode hesitar em meio à queda externa ante moedas desenvolvidas, mas com sinais divergentes em relação a divisas emergentes e ligadas a commodities. Alta do dólar ante peso mexicano pode reverberar no real com sinais de desmonte de operações de carry trade e busca de proteção no iene japonês.

O sentimento ruim sobre as contas públicas do país também pode continuar permeando os negócios. A equipe econômica teme o impacto fiscal da operação envolvendo Angra 3 e Eletrobras, em um acordo que vem sendo costurado pelo Ministério de Minas e Energia (MME).

*Agência Estado



Fonte: B3 – Bora Investir

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