A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou julho com alta de 0,38%, ante um avanço de 0,21% em junho, informou hoje o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado veio acima das expectativas do mercado.
A taxa acumulada pela inflação no ano ficou em 2,87%. O resultado acumulado em 12 meses foi de 4,50% até julho, ante taxa de 4,23% até junho.
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete tiveram alta em julho. O grupo Transportes registrou a maior alta, com 1,82% no mês, após queda de 0,19% em junho. O grupo deu uma contribuição positiva de 0,37 ponto porcentual para o IPCA. Nos subitens, os preços de combustíveis tiveram alta de 3,31% em julho, após avanço de 0,54% no mês anterior. A gasolina subiu 3,15%, após ter registrado alta de 0,64% em junho, enquanto o etanol avançou 5,90% nesta leitura, após alta de 0,34% na última.
Em segundo lugar, veio o grupo Habitação (+0,77%), influenciado, principalmente, pela energia elétrica residencial (1,93%). Em julho, passou a vigorar a bandeira tarifária amarela, que acrescenta R$1,885 a cada 100kwh consumidos.
No campo negativo, destaca-se a queda de Alimentação e Bebidas (-1,00%). Os demais grupos ficaram entre o -0,02% de Vestuário e o 0,52% de Despesas Pessoais.
“Qualitativamente, a composição também apresentou piora. Começamos o segundo semestre deixando para trás o nosso melhor momento desinflacionário, com uma piora significativa nos núcleos e serviços. Esse cenário mais desafiador deve persistir por algum tempo e pressionar o Copom, mas ainda assim, esperamos uma Selic estável até o fim do ano”, afirmou Igor Cadilhac, economista do PicPay.
*Com informações da Agência Estado
Para conhecer mais sobre finanças pessoais e investimentos, confira os conteúdos gratuitos na Plataforma de Cursos da B3.