A segunda leitura do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos no segundo trimestre e os números semanais de auxílio-desemprego do país são destaques no exterior. No Brasil, as atenções se voltam ao Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) de agosto e a desdobramentos da indicação feita ontem de Gabriel Galípolo para comandar o Banco Central.
Exterior
Os índices de ações do ocidente avançam nesta manhã, em meio a expectativas de mais cortes de juros do Banco Central Europeu (BCE). Ontem, as bolsas europeias fecharam com sinais destoantes e as americanas cederam, à espera do balanço da Nvidia. A fabricante de chips informou lucro e receita no segundo trimestre que superaram o consenso de analistas, mas a surpresa não foi tão significativa quanto a de trimestres anteriores. No after hours, o papel da companhia chegou a desabar até 8%, mas reduzia a queda para perto de 3,00% nesta manhã no pré-mercado de Nova York. Na esteira da recepção negativa dos números da fabricante de chips americana, várias bolsas asiáticas fecharam em queda.
Após os índices futuros em Nova York recuarem na madrugada, passaram a subir enquanto os investidores aguardam novos sinais da política monetária dos EUA e avaliam dados europeus. Hoje serão divulgados a segunda leitura do PIB dos EUA do segundo trimestre, o índice de preços de gastos com consumo (PCE) trimestral e os pedidos semanais de desemprego do país. Ainda que as apostas sejam majoritárias de um corte do juro nos EUA em setembro, ontem o presidente do Federal Reserve (Fed) de Atlanta, Raphael Bostic, disse preferir aguardar a divulgação de novos dados antes de definir se apoiará um recuo das taxas no encontro no mês que vem.
Na Europa, destaque à Bolsa de Frankfurt, que renovou recorde intraday histórico e puxou outros mercados da região, em meio à divulgação de indicadores econômicos. O índice de sentimento econômico da zona do euro teve inesperado avanço em agosto e a inflação arrefeceu na Espanha e nas principais regiões da Alemanha. Após os dados, os rendimentos dos títulos da dívida dos países europeus cediam, diante do reforço das apostas por mais cortes de juros do BCE, o que se refletia nos rendimentos dos Treasuries. O dólar cede ante outras moedas fortes e o petróleo opera com indefinição.
Brasil
Os mercados ainda tendem a ecoar a boa receptividade à confirmação da indicação do diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, para a presidência da instituição em 2025, dados os sinais de compromisso com a convergência da inflação à meta. Na B3, o Ibovespa ainda pode avançar amparado no viés positivo nesta manhã nos índices futuros de Nova York e na valorização de 0,53% do minério de ferro em Dalian, na China. Já o recuo moderado do petróleo é contraponto.
Ontem, o Ibovespa renovou a máxima histórica de fechamento, aos 137.343,96 pontos, e as taxas dos contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) subiram. Já o dólar superou a barreira técnica e psicológica de R$ 5,55, impulsionado pela valorização global da moeda americana. Hoje, a moderação do dólar no exterior pode dificultar um norte à divisa no Brasil nessa reta final de mês quando se terá a definição da taxa Ptax, na sexta-feira.
Nos juros, a queda dos rendimentos dos Treasuries pode aliviar assim como uma confirmação da desaceleração do IGP-M de agosto. Ainda assim, fica no radar a possibilidade de elevação da Selic dada a desancoragem das expectativas de inflação e os investidores ficam à espera das divulgações de hoje nos EUA, mas o dado mais aguardado é o PCE mensal – índice de inflação predileto do Fed – que poderá balizar as apostas de queda de juros pelo Fed.
*Agência Estado
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