sábado, 23 de novembro de 2024
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Mercado aumenta projeções para Selic e IPCA, mostra Focus

Com R$ 201,6 bi em agosto, arrecadação federal volta a bater recorde

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Economistas do mercado voltaram a aumentar as projeções para o IPCA no horizonte relevante da política monetária, sinalizando que mesmo o ciclo de aumento da Selic embutido no relatório Focus será insuficiente para controlar a inflação e fazer as expectativas convergirem.

A mediana para o IPCA de 2025, que mais se aproxima do horizonte relevante da política monetária, subiu de 3,95% para 3,97%, contra 3,93% um mês antes. Levando em conta apenas as 96 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, passou de 3,97% para 4,0%.

A estimativa para 2026 também oscilou para cima, de 3,61% para 3,62%, aumentando pela segunda semana consecutiva. As expectativas para esses dois anos estão acima do centro da meta, de 3%, com tolerância de 1,5 ponto para mais ou para menos.

O Comitê de Política Monetária (Copom) considera o primeiro trimestre de 2026 como seu horizonte relevante e espera que a inflação atinja 3,5% no período, considerando o cenário de referência, com a trajetória de Selic embutida no Focus (até 13 de setembro) e dólar a R$ 5,60, evoluindo conforme a Paridade do Poder de Compra (PPC).

A mediana do Focus para o IPCA de 2024 também subiu, pela décima semana seguida, de 4,35% para 4,37% – aproximando ainda mais do teto da meta este ano, de 4,50%. Considerando apenas as 97 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, passou de 4,37% para 4,40%. Um mês atrás, a estimativa era de 4,25%.

No cenário de referência, o Banco Central espera que o IPCA termine 2024 em 4,30% e desacelere a 3,70% em 2025.

Mercado aumenta também projeção para Selic

A mediana do relatório Focus para a taxa Selic no fim de 2024 subiu de 11,25% para 11,50%, indicando que o mercado já aguarda pelo menos um aumento de 0,5 ponto porcentual nos juros este ano.

Na última quarta-feira, o colegiado elevou os juros em 0,25 ponto porcentual, de 10,5% para 10,75%, e informou que vê uma assimetria altista no seu balanço de riscos para a inflação. O hiato do produto, antes considerado estável, agora é visto pelo Copom como positivo.

O colegiado não forneceu um guidance para as próximas decisões, mas economistas do mercado consideraram que o teor da comunicação foi hawkish e seria compatível até mesmo com uma aceleração do ritmo de aperto. Como só há mais duas reuniões do Copom este ano, a expectativa de uma Selic de 11,5% no fim de 2024 exigiria que houvesse uma alta maior, de 0,5 ponto, em uma delas.

Considerando apenas as 83 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana para a Selic no fim de 2024 passou de 11,25% para 11,75% – indicando que o Copom elevaria os juros em 0,5 ponto tanto na reunião de novembro, como na de dezembro.

A estimativa intermediária para os juros no fim de 2025 se manteve em 10,50%, mas, considerando as 82 projeções atualizadas os últimos cinco dias úteis, subiu a 10,75% – sugerindo menos espaço para cortes no ano que vem. As projeções para o fim de 2026 e 2027 se mantiveram em 9,50% e 9,0%, respectivamente.

Projeção de alta do PIB de 2024 passa de 2,96% para 3,0%

O mercado aumentou a sua estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2024 pela sexta semana consecutiva, de 2,96% para 3,0%, conforme a mediana do relatório Focus. Considerando as 52 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa se manteve em 3,0%.

A mediana do relatório Focus para a alta do PIB de 2025 se manteve em 1,90%. Quatro semanas antes, estava em 1,86%. Levando em conta só as 51 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, passou de 1,90% para 1,91%.

Os economistas do mercado não alteraram as expectativas de crescimento da economia em 2026 e 2027. Ambas permaneceram em 2,0%, como já estão há 59 e 61 semanas, respectivamente.

A última estimativa divulgada pelo BC, no Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de junho, indicava crescimento de 2,3% para o PIB brasileiro este ano. O Ministério da Fazenda espera que o PIB brasileiro cresça 3,2% em 2024.

*Agência Estado

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Fonte: B3 – Bora Investir

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