O Copom divulga a ata de setembro, quando a taxa Selic passou de 10,50% para 10,75% e o tom do comunicado foi considerado duro por analistas. A palestra do presidente do BC, Roberto Campos Neto, em evento nesta manhã também fica no centro das atenções. E o presidente Luiz Inácio Lula da Silva discursa na abertura da Assembleia Geral da ONU em Nova York, enquanto o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reunirá com representantes da Fitch Ratings. Nos EUA, o foco são a confiança do consumidor e o discurso da diretora do Federal Reserve (Fed) Michelle Bowman.
Exterior
Os mercados de ações, de commodities e os rendimentos dos Treasuries avançam na esteira do anúncio de medidas de estímulos econômicos da China – o pacote mais agressivo desde a pandemia de covid-19. A ousada iniciativa de Pequim afastou temporariamente preocupações com a economia da zona do euro, que voltou a se contrair neste mês, segundo leitura prévia de índices de gerentes de compras, PMIs.
Também foi ignorado mais cedo o índice Ifo de sentimento das empresas da Alemanha, que caiu mais do que o esperado em setembro. Agora, fica a expectativa pela divulgação de um dado de confiança do consumidor dos EUA e comentários de uma dirigente do Fed, antes das divulgações do PIB e do PCE do país nesta semana. Além da influência chinesa, o petróleo avança em meio à intensificação de tensões no Oriente Médio e por ameaças de furacão nos EUA e no México.
Brasil
O Ibovespa deve avançar na abertura, como sugere o EWZ – principal fundo de índice (ETF) do Brasil negociado em Wall Street – nesta manhã, após a China anunciar medidas de estímulo à sua economia. Com petróleo avançando acima de 2,00% hoje e a alta de 4,64% do minério de ferro no fechamento do mercado em Dalian nesta terça-feira, os ADRs da Petrobras e da Vale sobem, sobretudo o da mineradora.
Contudo, os ganhos do Índice Bovespa podem ser contidos pela moderação da elevação vista no pré-mercado de ações em Nova York e pelas preocupações fiscais e com juros no Brasil. Por isso, os investidores da Bolsa, dos juros e do dólar ficarão atentos à ata do Copom, após o comunicado hawkish da semana passada.
*Agência Estado