Em dia marcado pela forte volatilidade nos mercados com a proximidade do resultado das eleições americanas, o Ibovespa terminou a sessão em leve alta de 0,11% aos 130.661 pontos, oscilando entre os 129.692 pontos na mínima intradiária e os 130.769 pontos na máxima.
Ibovespa hoje
O giro financeiro ficou em R$ 14,6 bilhões no índice e de R$ 19,4 bilhões na B3. Investidores permanecem em compasso de espera pelo anúncio de medidas de cortes de gastos pelo governo.
A antecipação da reunião entre Fernando Haddad, ministro da Fazenda, e chefes de outras pastas, que estava marcada para o meio da tarde de hoje, ajudou a impulsionar os retornos do Ibovespa.
Ministros da Junta de Execução Orçamentária (JEO) voltaram a se encontrar com titulares da Saúde, Educação e Trabalho para tratar sobre o tema, perto do fim da tarde.
Entre as blue chips, o balanço do Itaú trouxe um resultado visto como “sólido” por analistas, o que fez as ações PN embalarem uma alta de 3%, a R$ 36,34.
Movimento diferente, porém, ocorreu com ações de commodities, como Vale e Petrobras.
A mineradora caiu 0,88%, a R$ 62,12, enquanto os papéis PN da petroleira recuaram 0,31%, a R$ 35,39, e as ON contraíram 0,50%, a R$ 38,15.
Dólar hoje
O dólar à vista encerrou a sessão desta terça-feira em queda contra o real.
A dinâmica de hoje foi resultado de um cenário mais favorável no exterior para os mercados de câmbio em geral e também por conta de um gatilho local.
Com o governo antecipando a reunião sobre as medidas de cortes de gastos.
Hoje a maioria das moedas mais líquidas acompanhadas pelo Valor exibiu apreciação contra o dólar, em meio às expectativas dos agentes financeiros em torno do resultado das eleições americanas.
Terminadas as negociações, o dólar comercial fechou em queda de 0,63%, cotado a R$ 5,7464, depois de ter encostado na mínima de R$ 5,7399 e batido na máxima de R$ 5,8045.
Já o euro comercial exibiu depreciação de 0,17%, a R$ 6,2802.
Perto das 17h10, o índice DXY, que mede a força do dólar contra uma cesta de seis moedas de mercados desenvolvidos, caía 0,42%, aos 103,445 pontos.
Bolsas de Nova York
As bolsas de Nova York fecharam em alta hoje com as maiores apostas de uma vitória republicana nas eleições de hoje.
Um governo de Donald Trump – principalmente se ele também levar o Congresso – é visto como mais benéfico para os mercados acionários diante da expectativa de corte de impostos.
Se as tarifas prometidas forem implementadas por Trump, uma consequência será alta na inflação e a necessidade do Federal Reserve (Fed) manter juros elevados por mais tempo.
Hoje setores que se beneficiam de juros mais altos foram os destaques, com o consumo discricionário subindo 1,83%, tecnologia avançou 1,46% e a manufatura ganhou também 1,67%.
No fechamento, Dow Jones subia 1,02% a 42.221,88 pontos, S&P 500 avançava 1,23% a 5.782,76 e Nasdaq ganhava 1,43% a 18.439,17.
Suporte veio de dados do ISM de serviços de outubro acima do esperado, batendo 56 ante 54,9 em outubro e expectativas de moderação.
Para Gisela Hoxha, economista do Citi, os dados mais fortes de serviço continuaram a apontar para expansão na atividade, ao contrário da fraqueza contínua na atividade de manufatura.
“Não necessariamente leríamos os aumentos recentes no ISM Services como o início de uma aceleração sustentada no crescimento, pois os drivers do aumento neste mês foram provavelmente temporários”, disse.
Bolsas da Europa
Os principais índices acionários europeus encerraram o dia em leve alta, em sua maioria, com os participantes do mercado à espera das eleições presidenciais nos Estados Unidos.
O índice Stoxx 600 fechou em alta de 0,04%, a 509,41 pontos.
O DAX de Frankfurt avançou 0,57% a 19.256,27 pontos.
O FTSE, da bolsa de Londres, teve queda de 0,14%, para 8.172,39 pontos.
Já o CAC 40, de Paris, subiu 0,48%, para 7.407,15 pontos.
A média de pesquisas de intenções de voto mostra os candidatos empatados, mas Donald Trump ainda é marginalmente favorecido nas pesquisas dos estados americanos indecisos, diz o estrategista sênior de mercados do Rabobank, Benjamin Picton.
“A disputa parece extremamente acirrada e podemos estar caminhando para um cenário similar ao de 2000, onde não há um vencedor claro por um bom tempo”, aponta Picton, em relatório.
Entre os setores europeus, as ações de automóveis e peças do Stoxx 600 tiveram queda de 1,78%, após a Michelin e a Schaeffler informarem que planejam fechar fábricas e cortar milhares de empregos na Europa, em meio à fraqueza do setor automotivo.
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