A decisão de juros do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central), na quarta-feira, é o principal evento local da semana. O mercado acompanhará também vários indicadores importantes, como o IPCA de novembro e dados de serviços, varejo e IBC-BR de outubro.

As atenções seguem ainda na tramitação do pacote fiscal do governo no Congresso. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, tem uma série de reuniões, que incluem a presença do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e encontram-se também com mais 15 ministros.

A enxuta agenda internacional na semana traz os índices de preços ao consumidor (CPI) e o produtor (PPI) dos Estados Unidos de novembro, que devem guiar as apostas de corte de juros pelo Federal Reserve no dia 18, além da decisão monetária do Banco Central Europeu (BCE) e entrevista coletiva da sua presidente, Christine Lagarde.

Exterior

As Bolsas de Hong Kong e na Europa reagiram positivamente, após o Politburo da China anunciar políticas fiscais proativas e uma postura monetária “moderadamente frouxa”, a primeira mudança desde 2011. O governo chinês também prometeu medidas para estabilizar os mercados de ações e imóveis. Com isso, os preços do petróleo e metais básicos sobem, o que pode beneficiar ativos brasileiros.

O índice DAX em Frankfurt renovou recorde histórico, mas já perde força com realização. Nos EUA, os índices futuros chegaram a subir levemente, mas voltam a ficar sem direção única em meio a leves altas dos rendimentos dos Treasuries. Investidores aguardam os dados de inflação do país, que devem influenciar a decisão do Federal Reserve em 18 de dezembro, após o payroll de novembro reforçar expectativas de corte de 25 pontos-base. O dólar recua ante pares rivais. A instabilidade política na Síria também ajuda a sustentar os preços do petróleo.

Brasil

O Ibovespa pode subir. O EWZ subia 1,07% no pré-mercado por volta das 7 horas. Os ADRs da Vale (+2,56%) e Petrobras (+1,23%) indicavam também um bom início de semana para as principais ações brasileiras, acompanhando os ganhos do petróleo e minério de ferro. No entanto, preocupações com as contas públicas, inflação desancorada, a pressão do dólar acima de R$ 6 e a expectativa de aumento de juros mais agressivo devem continuar pesando sobre o mercado.

Entre os economistas, o consenso é de aumento de 0,75 pp da Selic na quarta-feira, enquanto a curva do DI indica possibilidade de 1 pp. O pacote fiscal na Câmara fica no foco, com mudanças previstas em pontos como o BPC e o salário mínimo. A reforma tributária também está em pauta, com apresentação do parecer do relator hoje na CCJ, e a votação está marcada para quarta-feira (11).

*Agência Estado

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