A B3 passou a aceitar, nesta segunda-feira (02/12), o depósito de debêntures como garantia em operações. A medida tem o objetivo de atender à crescente demanda dos participantes do mercado para ampliar o rol de ativos aceitos para cobertura de margem de risco em operações que envolvem a atuação da B3 como contraparte central.
Nos últimos anos, o mercado brasileiro observou um crescimento das debêntures tanto como fonte de captação para empresas e projetos, como também na negociação no mercado secundário. Em 2024, o volume médio diário de debêntures atingiu R$ 2,87 bilhões, um crescimento de 46% em relação ao ano anterior, quando a média diária foi de R$ 1,95 bilhão.
“A inclusão das debêntures como ativos aceitos pela B3 vem em um momento em que a maturidade desse mercado tem atraído uma gama diversificada de investidores. O uso desse instrumento para cobertura de margem irá facilitar a gestão do portfólio e poderá trazer mais liquidez tanto para o mercado de renda fixa quanto de derivativos”, explica Luiz Masagão, head comercial e de produtos da B3.
Para aceitação de debêntures como garantia, a B3 definiu alguns critérios como: a empresa emissora da debênture deve apresentar rating AAA, a empresa emissora deve ser listada na B3, o ativo deve ter duration máximo de 10 anos, o volume de emissão deve ser maior ou igual a R$ 300 milhões, o volume financeiro médio negociado nos últimos 12 meses deve ser de no mínimo 500 mil, entre outros.
As debêntures que poderão ser usadas como garantia, assim como os limites e os parâmetros de risco, estão disponíveis no site da B3.
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