Balanços de grandes empresas americanas, como Alphabet, Tesla, Visa, Coca-Cola e notícias sobre as eleições nos Estados Unidos concentram as atenções nos mercados nesta terça-feira de agenda de indicadores esvaziada. Serão monitorados a decisão de política monetária na Turquia e dados de vendas de moradias usadas nos Estados Unidos.
No Brasil, o leilão de títulos pós-fixados do Tesouro é o destaque.
Eleições americanas
Investidores aguardam balanços corporativos e acompanham os desdobramentos da eleição americana antes dos dados de PIB do segundo trimestre e do índice de inflação PCE, nos próximos dias. A vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, conquistou nesta segunda-feira, 22, o apoio da maioria dos delegados para ser a candidata presidencial democrata, após a desistência de Joe Biden, no domingo. Segundo a Associated Press, ela garantiu o apoio de 1.976 delegados de um total de 3,9 mil, o suficiente para obter a indicação na primeira rodada de votação virtual, entre os dias 1° e 7 de agosto.
Na Europa, sinais positivos predominam e o destaque é a bolsa de Frankfurt. A ação da alemã SAP saltava quase 7% em Frankfurt, após a maior desenvolvedora de software da Europa superar expectativas trimestrais de receita, enquanto a da Logitech avançava 2,9% em Zurique, depois de a fabricante suíça de acessórios para computadores elevar projeções anuais de receita e lucro em função de um forte desempenho trimestral. Por outro lado, a Porsche tombava 4%, após reduzir seu guidance anual e alertar sobre interrupções de produção, e a Volkswagen, que é acionista majoritária na Porsche, caía 1,1%. Nas próximas horas, as atenções ficam ainda na leitura preliminar do índice de confiança do consumidor da zona do euro referente a julho.
Despesas primárias
A fala de Lula e perspectivas de apoio cada vez maior dentro do Partido Democrata à vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, na corrida à Casa Branca beneficiaram os ativos locais. Além disso, investidores olharam os dados do Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias (RARDP) do 3º bimestre. O relatório indica uma importante revisão nas projeções de receitas líquidas e despesas primárias contidas no relatório do 2º bimestre, segundo o economista-chefe da Warren Rena, Felipe Salto.
Para o analista João Leme, da Tendências Consultoria, o governo mostrou que mesmo que algumas despesas estejam subestimadas ou uma receita superestimada [hoje] serão feitos os congelamentos necessários para o cumprimento da meta fiscal. Por sua vez, o head de macroeconomia do ASA, Jefferson Bittencourt, avalia que o relatório de julho ainda não trouxe o “conforto esperado”.e projeta que mudança de meta fiscal pode voltar à mesa.
*Agência Estado
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