O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) merece atenção no Brasil, em meio a sinais de aceleração da inflação. Entre os balanços, destaque aos números de Banco do Brasil, Engie e Oi. No exterior, saem o resultado trimestral da Walt Disney, dados de crédito ao consumidor e os estoques semanais de petróleo dos Estados Unidos.
Exterior
A indicação de que o Banco do Japão (BoJ) não voltará a elevar juros enquanto os mercados estiverem instáveis é o destaque desta quarta-feira de agenda escassa. O dólar salta em relação ao iene e a bolsa de Tóquio fechou com valorização. No geral, na Ásia os mercados acionários ainda deram sequência à recuperação da véspera após recentes tombos que sofreram em meio a temores de que os EUA pudessem estar a caminho de uma recessão. Este sentimento continua ecoando nos ativos do ocidente nesta manhã.
Ontem, as bolsas de Nova York tiveram ganhos, diante dessa melhora de sentimento, indicando abertura em alta de Wall Street, o que já reflete nos mercados de ações europeus hoje. Os investidores na Europa também avaliam balanços e o aumento acima do esperado da produção industrial da Alemanha. Em Londres, a ação da Glencore subia mais de 2%, após a mineradora anglo-suíça sofrer um inesperado prejuízo no primeiro semestre do ano, mas também anunciar que não irá mais cindir sua operação de carvão. Já em Frankfurt, a ação do Commerzbank recuava 4%, após o segundo maior banco da Alemanha divulgar queda no lucro do segundo trimestre. Os rendimentos dos Treasuries e o petróleo também ampliam ganhos.
Brasil
Os ativos no Brasil tendem a espelhar a continuidade da recuperação dos mercados internacionais. O real pode valorizar diante do enfraquecimento do iene e uma valorização do Ibovespa também entra no radar. Um bom sinal é o avanço dos índices futuros de ações em Nova York e de mais de 1,00% do petróleo, embora o minério de ferro tenha caído 2,41% em Dalian, na China. Os investidores podem mostrar ainda certo desconforto com a nomeação de um assessor especial na Petrobras, indicado pela ex-presidente Dilma Rousseff.
Além disso, a safra de balanços fica no radar, com crescimento no lucro do Itaú Unibanco e da Vibra e prejuízo do Grupo Pão de Açúcar (GPA) no segundo trimestre.
Após o tom firme da ata do Comitê de Política Monetária (Copom) ontem, quando o Banco Central (BC) disse que não hesitará em elevar a Selic, se necessário, o mercado deve continuar atento à inflação brasileira. Em meio a pressões inflacionárias, ficam no foco o IGP-DI de julho e a possibilidade de aumento do salário mínimo em 2025 pelo governo. Diante de tudo isso e o avanço nos rendimentos dos Treasuries, os juros futuros podem avançar.
*Agência Estado
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