O índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês), métrica de inflação preferida do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), é o destaque da agenda desta sexta-feira, que tem a divulgação do índice de sentimento do consumidor da Universidade de Michigan, com expectativas para inflação. No Brasil, o fiscal fica no foco com o resultado das contas do Governo Central em junho. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva terá um evento público relacionado ao novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). No Rio, o G20 realiza terceira reunião de ministros das Finanças e presidentes de bancos centrais.
Exterior
Os mercados se mostram mais calmos nesta sexta-feira, com bolsas em alta, recuo dos rendimentos dos Treasuries, dólar mais perto da estabilidade ante principais rivais e em baixa em relação à maioria das moedas emergentes e ligadas a commodities. A expectativa hoje é com o PCE, e números de gastos com consumo e renda pessoal, que devem ajudar no ajuste das apostas para o ciclo de cortes de juros nos Estados Unidos. Ontem, o CME Group apontava 100% de probabilidade de cortes de juros pelo Fed em setembro.
Na política, o destaque hoje é o anúncio do ex-presidente Barack Obama e sua esposa e ex-primeira dama Michelle Obama de apoio à candidatura da vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, para concorrer à Casa Branca, nas eleições de novembro próximo. Era o último grande apoio democrata que faltava à provável candidata democrata.
Brasil
O clima positivo no exterior pode favorecer o Ibovespa, o real e o recuo dos juros futuros, mas o mercado olha também noticias locais. Na Bolsa, o investidor repercute os resultados da Vale e o relatório da Braskem. E o Governo Central deve apresentar um déficit primário menor, de R$ 37,70 bilhões (mediana), após saldo negativo de R$ 60,983 bilhões em maio. As despesas previdenciárias devem puxar o resultado deficitário do governo central nesta leitura.
O mercado também já fica em compasso de espera pela decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), na próxima quarta-feira. Segundo o Projeções Broadcast, em unanimidade, o mercado manteve a percepção de que a taxa Selic deve ficar estável em 10,50%. A mediana do mercado para a taxa Selic no fim de 2024 se manteve em 10,50%. Além das expectativas de inflação desancoradas – como mostram as últimas edições do boletim Focus, o câmbio mais depreciado consolidou a percepção do juro básico estacionado no atual nível, observam os analistas.
*Agência Estado
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