Os dados do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro no terceiro trimestre, do Governo Central de outubro e o relatório Jolts de abertura de vagas nos Estados Unidos são os principais indicadores da enxuta agenda desta terça-feira.

O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, tem reunião com as vice-lideranças do governo na Câmara. Falas de dois dirigentes do Federal Reserve (Fed), o banco central norte-americano, serão acompanhadas.

Exterior

A promessa do banco central da China (PBoC) de implementar políticas de apoio à economia em 2025 e expectativas de cortes de juros pelo Banco Central Europeu (BCE) neste mês apoiam o apetite das bolsas europeias. A de Frankfurt atingiu mais cedo novo recorde histórico, perto dos 20 mil pontos.

O euro também sobe, enquanto os juros dos títulos da dívida da França ampliam os spreads com os equivalentes da Alemanha, em meio à expectativa de ativação de um voto de desconfiança contra o governo do primeiro-ministro Michel Barnier, que pode derrubar o seu governo.

Em Nova York, os futuros de ações, os juros dos Treasuries e o dólar estão sem rumo definido, após comentários do Fed e à espera de dados dos EUA. O presidente do Fed de Nova York, John Williams, projetou inflação em torno de 2,25% em 2024, PIB de 2,5% e disse que a política monetária permanece restritiva, com perspectivas altamente incertas.

Brasil

O Ibovespa pode subir com o petróleo e minério de ferro, que ajudam a impulsionar os seus ADRs no pré-mercado americano. O EWZ, principal fundo de índice (ETF) brasileiro negociado em Nova York, ganhava 0,79% às 7h10. Para o PIB do país, a mediana das expectativas indica desaceleração a 0,8% na margem, após alta de 1,4% no segundo trimestre e crescimento de 3,2% em 2024.

O dólar mais fraco no exterior pode abrir espaço para alguma realização no câmbio, após a divisa registrar ontem o quarto dia de recorde seguido, a R$ 6,0680. Em relação ao fiscal, o governo publicou no Diário Oficial o texto da PEC que contém parte das medidas do pacote fiscal, mas o conteúdo da PEC ainda não está público. Houve alterações no abono salarial e no Fundeb. O presidente Lula espera aprovar as medidas ainda este ano.

Em tramitação no Congresso, estão um projeto que define novos gatilhos fiscais e autoriza bloqueios orçamentários, e outro que limita o aumento real do salário mínimo a 2,5% ao ano.

*Agência Estado

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