A divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI) dos Estados Unidos de junho conduzirá os mercados nesta quinta-feira e a calibragem das apostas em início ou não do corte de juros em setembro no país. No Brasil, as vendas no varejo e os leilões de venda de títulos prefixados do Tesouro são os destaques.
Exterior
Os índices futuros das bolsas de Nova York e o dólar ante outras moedas fortes recuam, enquanto os juros dos Treasuries sobem moderadamente, em manhã de expectativas pelo CPI dos EUA e falas dos dirigentes do Federal Reserve (Fed). Na Europa, as bolsas avançam. Investidores estão digerindo o balanço da Pepsico, com lucro líquido de US$ 3,08 bilhões no 2º trimestre de 2024.
Ontem, o S&P 500 e Nasdaq voltaram a bater recordes históricos e os juros dos títulos americanos e o dólar recuaram com esperanças renovadas de redução dos juros nos Estados Unidos. O sentimento decorreu da repetição da mensagem do presidente do Fed, Jerome Powell, em depoimento na Câmara. Segundo ele, o BC americano não precisa esperar a inflação chegar à meta de 2% ao ano para cortar os juros, embora o afrouxamento monetário esteja condicionado aos próximos indicadores econômicos e maior confiança na continuidade do processo de desinflação. A esperança é que o CPI consolide essa possibilidade. Ontem, a diretora do Fed, Lisa Cook, afirmou que a política monetária está suficientemente restritiva e que é apropriado manter este nível para baixar a inflação americana.
Na Rússia, o parlamento aprovou um projeto de lei que aumenta o imposto de renda para os ricos, em uma medida para ajudar o governo a financiar combates na guerra contra a Ucrânia. Estima-se que a reforma tributária trará 2,6 trilhões de rublos (US$ 29 bilhões) em receitas federais adicionais para a Rússia em 2025.
Brasil
O Ibovespa pode ter oscilações mais estreitas, assim como os DIs e o dólar antes do CPI dos EUA, em meio à queda externa das taxas dos Treasuries e do dólar e alta das commodities. O EWZ, principal fundo de índice (ETF) do Brasil negociado em Wall Street, estava estável no pré-mercado por volta das 6h45. Os ADRs da Vale subiam 1,22% às 7h01, em meio a ganhos de 0,79% do minério de ferro na China e os da Petrobrás tinham leve alta de 0,07% às 6h20, reagindo ao relatório da Agência Internacional de Energia (AIE).
Ontem, apesar da queda de Vale e um fraco desempenho de Petrobras, o Ibovespa cravou a sua oitava alta consecutiva, puxada por grandes bancos em meio ao recuo dos DIs e do dólar, na esteira do IPCA de junho abaixo das projeções do mercado e da queda dos retornos dos Treasuries antes do CPI americano. Os investidores vão repercutir ainda os dados do varejo.
*Agência Estado