O toque de campainha que abriu o mercado financeiro desta segunda-feira (18), no lounge principal da B3, esteve cercado de pelo menos 350 crianças e adolescentes – sendo que a maioria veio de escolas públicas. Mas o que os pequenos fazem na Bolsa?
Os jovens foram chamados para brincar com jogos de tabuleiros e atividades interativas, com o intuito de desmistificar o universo da educação financeira. O evento segue até domingo (24). Apesar do tema ter sido incluído na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), como algo opcional, a educação financeira ainda continua longe da realidade dos estudantes.
A iniciativa da Bolsa do Brasil faz parte do internacional Global Money Week, que acontece nesta semana. O movimento busca aproximar e compartilhar esses conhecimentos por meio de jogos e atividades aos jovens, sendo organizado anualmente pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), em parceria com a B3, com coordenação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e entidades da área financeira. Agora na 12ª edição, o Global Money Week já alcançou mais de 100 milhões de jovens em 176 países.
Os participantes podem se divertir numa versão em tamanho real do jogo “Missão Multiplicando o Futuro”. Ao final das atividades, a equipe vencedora será premiada com medalhas pelo desempenho e dedicação. O jogo funciona com uma protagonista fictícia, a Safira, que precisa sair de uma situação financeira complicada. Quem vai ajudá-la são os grupos de jovens que devem escolher as melhores opções para tirá-la dessa enrascada nas contas de casa.
Uma das principais fontes de informações onde os jovens aprendem sobre dinheiro ocorre em casa, com os pais ou responsáveis, de acordo com o estudo do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA). Dos 20 países avaliados, o Brasil foi o 17º colocado na pontuação geral – ou seja, ainda há muito para conversar sobre finanças com nossas crianças.
Como os jovens se informam sobre dinheiro
- 89,8% dos brasileiros aprendem sobre finanças no ambiente doméstico;
- 80,6% – internet;
- 61,2% – televisão ou rádio;
- 46,2% – professores;
- 43% – amigos;
- 32,1% – revistas