segunda-feira, 7 de abril de 2025
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Dados econômicos ruins dos EUA impactam Ibovespa B3, que cai 0,94%; dólar sobe 0,13% e vai a R$ 5,75

No último pregão de outubro, Ibovespa cai 0,71% e fecha mês com perda de 1,59%; dólar sobe 0,31% e tem alta mensal de 6,14%

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O Ibovespa B3 encerrou em queda nesta sexta-feira, pressionado pela piora no índice de sentimento do consumidor americano, medido pela Universidade de Michigan, e por dados de inflação dos Estados Unidos piores do que o esperado.

No fim do dia, o índice caiu 0,94%, aos 131.902 pontos. Nas mínimas intradiárias, tocou os 131.315 pontos, e, nas máximas, os 133.143 pontos. O índice acumulou queda de 0,33% na semana.

Ibovespa B3 hoje

No entanto, o índice diminuiu a intensidade de perdas durante a tarde, impulsionado pela desaceleração na alta dos juros futuros após o Caged confirmar a expectativa de uma geração recorde de postos de trabalho em fevereiro.

O volume financeiro negociado na sessão (até as 17h15) foi de R$ 13,3 bilhões no Ibovespa B3 e R$ 15,5 bilhões na B3.

Dólar hoje

O câmbio doméstico interrompeu uma sequência de três semanas consecutivas de valorização, ao encerrar o pregão desta sexta-feira em leve alta.

O exterior esteve no centro das atenções desde o início da sessão e direcionou as moedas de mercados emergentes a uma rodada de perdas, na esteira de uma piora na percepção de risco na economia dos Estados Unidos.

Uma queda relevante do sentimento do consumidor americano se somou à escalada das expectativas de inflação e a um consumo mais fraco que o esperado.

O dólar, porém, se afastou da máxima do dia ao longo da tarde, após uma retirada de prêmios se estabelecer depois da divulgação dos dados robustos do Caged de fevereiro.

No fim dos negócios desta sexta-feira, o dólar era negociado a R$ 5,7596 no mercado à vista, em alta de 0,13%, longe da máxima de R$ 5,7819. Na semana, houve valorização de 0,74% da moeda americana.

Também nesta sexta-feira, o euro comercial encerrou o dia cotado a R$ 6,2353, ao subir 0,43%.

Embora tenha depreciado no dia, a moeda brasileira esteve longe de ser a de pior desempenho na sessão.

Perto do fechamento, o dólar subia 0,67% contra o peso mexicano; avançava 0,80% em relação ao peso colombiano; tinha alta de 1,76% frente ao peso chileno; e a avançava 1,27% na comparação com o rand sul-africano.

Há uma apreensão nos mercados em relação ao que o presidente dos EUA, Donald Trump, tem chamado de “Dia da Libertação”, diante do anúncio de tarifas recíprocas contra parceiros comerciais, na próxima quarta-feira, 2 de abril.

Bolsas de Nova York

Os principais índices de ações de Nova York fecharam em forte queda nesta sexta-feira, com peso do sentimento de aversão a risco no mercado, após a pesquisa mais recente da Universidade de Michigan apontar para mais uma queda expressiva no sentimento do consumidor americano e um forte aumento nas expectativas de inflação.

Isso contribuiu para reforçar o temor dos investidores que a política tarifária de Donald Trump possa pesar sobre o comportamento do consumidor e a economia americana, à medida que os consumidores estão menos otimistas quanto a suas expectativas para negócios, finanças pessoais e empregos.

Mais cedo, as bolsas já operavam em queda, com o mercado repercutindo a divulgação do índice de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês), a métrica de inflação preferida pelo Federal Reserve (Fed).

O núcleo do PCE, que exclui os itens mais voláteis do indicador, veio levemente acima do esperado pelo mercado e os gastos com consumo vieram menores do que as expectativas.

No fechamento, o índice Dow Jones teve queda de 1,69%, aos 41.583,59 pontos, o S&P 500 recuou 1,97%, aos 5.580,95 pontos, e o Nasdaq cedeu 2,70%, aos 17.322,991 pontos.

Na semana, as bolsas acumularam perdas de 0,96%, 1,53% e 2,59%, respectivamente.

Entre os setores do S&P 500, apenas serviços públicos (+0,76%) não terminaram o dia no negativo, enquanto comunicação (+3,81%) e consumo discricionário (+3,27%) lideraram as perdas.

Bolsas da Europa

Os principais índices de ações da Europa fecharam em baixa nesta sexta-feira (28), em linha com o sentimento de aversão ao risco no mercado e ainda com o peso do setor automobilístico, que é pressionado pelo anúncio de tarifas de 25% sobre importações de veículos para os Estados Unidos.

O FTSE 100, de Londres, teve a queda menos expressiva, com impulso de dados fortes de crescimento e varejo.

No fechamento, o índice Stoxx 600 caiu 0,79%, aos 542,02 pontos, o FTSE 100, da Bolsa de Londres, anotou leve queda de 0,08%, aos 8.658,85 pontos, o DAX, de Frankfurt, cedeu 0,96%, aos 22.461,52 pontos, e o CAC 40, de Paris, perdeu 0,93%, aos 8.658,85 pontos.

Na semana, os índices acumularam perdas de 1,39%, 1,88%, alta de 0,14% e queda de 1,58%, respectivamente.

As ações da Stellantis recuaram 3,81%, as da Volkswagen caíram 2,36% e as da BMW cederam 1,71%.

Investidores se preparam para o anúncio de tarifas recíprocas por Donald Trump, na próxima terça (2 de abril), o que pode trazer volatilidade aos ativos e pesar ainda mais sobre o sentimento do mercado.

Andrew Kenningham, economista-chefe da Europa da Capital Economics, diz que ainda não está claro o que isso irá significar para a zona do euro. “Havia pouca diferença entre as tarifas médias sobre o comércio de bens entre as duas economias antes do anúncio da tarifa automotiva dos Estados Unidos, o que sugere que a União Europeia possa ser poupada, mas também é evidente que, se o governo dos EUA quiser impor tarifas muito mais altas, encontrará uma justificativa para fazê-lo”, ele diz, em nota.

O economista projeta que os benefícios do estímulo fiscal alemão e as taxas de juros mais baixas do Banco Central Europeu (BCE) irão superar o impacto negativo das tarifas americanas, e o crescimento econômico da zona do euro deve se recuperar a partir do segundo semestre.

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Fonte: B3 – Bora Investir

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