A decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), com projeções econômicas e coletiva do presidente da instituição, Jerome Powell, concentra as atenções dos mercados nesta quarta-feira. Outro destaque é o índice de preços ao consumidor (CPI) dos EUA de maio. No Brasil, a agenda mais enxuta traz a Pesquisa Mensal de Serviços de abril.
Exterior
O tom é positivo no exterior, com bolsas em alta no mercado futuro em Nova York e na Europa antes da decisão do Fed e em meio a dados de inflação da China e Alemanha antes do CPI americano. Para o Fed, as apostas são de manutenção dos Fed Funds pela sétima vez consecutiva, na faixa de 5,25% a 5,50% ao ano, e as atenções estarão no gráfico de pontos, que trará projeções para a trajetória das taxas. Analistas consultados pelo Broadcast apontam que não há certeza sobre redução de juros em setembro e que uma resiliência econômica maior pode provocar retomada do ciclo de aperto.
Quanto ao CPI dos EUA, o dado deve desacelerar para alta de 0,1% em maio, na margem, após alta de 0,3% em abril. Na China, o CPI mostrou alta de 0,3% em maio, na comparação anual, mesmo avanço de abril e abaixo da expectativa de 0,4%. Na Alemanha, a taxa anual de preços ao consumidor subiu 2,4% em maio, de 2,2% em abril. Na comparação mensal, o CPI alemão subiu 0,1% em maio, todos dentro das estimativas. No Reino Unido, a produção industrial caiu 0,9% em abril ante março, aquém do esperado por analistas (-0,1%).
Brasil
Os ativos domésticos podem começar com fôlego limitado, assim como futuros de NY, dólar e juros dos Treasuries, à espera do CPI dos EUA e decisão do Fed. O EWZ, principal fundo de índice (ETF) brasileiro em Nova York, caía 0,18% no pré-mercado em NY às 7h10. O dado de serviços também será monitorado a uma semana da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom).
No Congresso, a Câmara encerrou ontem a votação do projeto de lei que regulamenta o Programa Mobilidade Verde e Inovação (Mover). Uma das mudanças feitas pelo Senado no texto foi rejeitada e as outras foram acatadas. Os incentivos para montadoras e a chamada “taxa das blusinhas”, o imposto de importação de 20% sobre compras internacionais de até US$ 50 incluído na proposta, vão agora para sanção presidencial.
*Agência Estado